Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um indivíduo se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se debate sobre a saúde pública no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. Em primeiro plano, é importante ressaltar que o sedentarismo atinge cerca de 49,5% dos brasileiros, segundo dados da revista ÉPOCA. Nesse sentido, pode-se dizer que a sociedade é consideravelmente sedentária e, isso, faz com que o sistema imunológico do ser humano fique vulnerável, tendo em vista que a falta de de atividade física diminui o metabolismo. Diante disso, a população fica submetido a contrair doenças, como as cardiovasculares que são responsáveis por aproximadamente 18,4% dos gastos com saúde pública, além de serem as causas mais comuns de mortes entre a nação é evidente que são um desafio para saúde pública. Outro ponto relevante, nessa temática, é a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com o artigo 196, da constituição federal de 1988, a saúde é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado garantir o acesso universal e igualitário á sociedade. Entretanto, esse direito não está sendo assegurado de forma igualitária, haja vista que a cada 15 médicos formados apenas 1 atua nas regiões norte e nordeste e o restante nas regiões sul e sudeste do país, ou seja, menos de 10% . Isso, mostra o quanto é importante o debate sobre essa temática. É evidente, por tanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra, o Ministério da Saúde deverá criar projetos para construir academias em praças públicas, em todo o território nacional, com profissionais da área da saúde atuando para orientar e estimular a prática de atividades físicas em meio a população, a fim de melhorar a qualidade de vida, diminuir a vulnerabilidade e ainda promover acesso igualitário aos cidadãos. Dessa forma, o ideal iluminista deixará de ser somente uma teoria e se tornará uma realidade presente no Brasil com o fito de obter uma sociedade com ordem e progresso.