Enviada em: 27/05/2019

No início do século XX, ocorreu no Rio de Janeiro a revolta da vacina, tal acontecimento, foi uma manifestação de caráter popular ante a obrigatoriedade da vacinação contra o surto da varíola. Atualmente,  diante da lastimável iminência de epidemias, algumas até então já controladas e outras recentes, faz-se necessária a atuação eficaz do Estado e a plena conscientização da população perante sua importância no processo de controle das doenças.   Inicialmente, o risco da proliferação de doenças no país, ameaça direta e indiretamente determinados setores da sociedade. Assim como previsto na Constituição Federal de 1988, a saúde é um direito social e a União deve zelar pela mesma. Caso ocorra falhas nesse processo, além do ônus da contaminação de inúmeros cidadãos, o sistema de saúde público pode ficar sobrecarregado, fato que diminui a qualidade dos atendimentos nos hospitais e postos de atendimentos, em paralelo a isso,  consequentemente aumentar os custos governamentais.   Outro entrave, é a mentalidade retrógrada de parcela da população, a qual se omite de certas responsabilidades e coloca em risco a saúde das pessoas do mesmo circulo social. Diante disso, e do pensamento de Nelson Mandela, que afirma a educação como a principal arma para mudar a sociedade, identifica-se a relevância da população para lidar com os surtos de epidemias. Os exemplos de negligência são identificáveis ante a redução dos índices de vacinação, que podem abrir as portas para o retorno de doenças até então controladas, como o caso do sarampo, e a recorrência de condições propícias, dentro das próprias casas da população, para a proliferação de insetos vetores da transmissão de doenças como a dengue, chikungunya e zica.    Destarte, com o objetivo de ampliar a capacidade de controle das epidemias no Brasil, o Governo Federal em parceria com o Ministério da Saúde, deve criar conteúdo informativo e instrutivo para conscientizar a população - característico sobre cada doença com possibilidade de surto atual - e divulgá-los por meio da mídia televisiva e das redes sociais, para que assim, tanto os governantes quanto os cidadãos permaneçam do mesmo lado na luta contra as doenças, diferentemente do problema ocorrido, no Rio de Janeiro durante a Revolta da Vacina.