Enviada em: 30/05/2019

De acordo com a constituição de 1988, é obrigação do Estado garantir saúde de qualidade para a população. Nesse sentido, ao pôr em destaque a questão das epidemias no cenário brasileiro, é questionável a consolidação desse direito. Logo, é visível que os principais alicerces dessa mazela são: propagação de notícias falsas no meio virtual, além de um machismo ainda presente na sociedade.   A priori, é notável uma influência crescente nos meios virtuais na vida das pessoas em geral. De acordo com portal de notícias G1, o presidente Jair Bolsonaro, mesmo com o menor tempo de propaganda em televisão, conseguiu se eleger graças a grandes campanhas feitas na internet. Nesse interim, é visível que as mídias sociais tem grande poder de persuasão hodiernamente. Todavia, por uma falta de fiscalização, várias notícias falsas passaram a ser divulgadas diminuindo o número de pessoas que aderem às vacinas e até mesmo se opõe a tomar remédios, tendo inclusive, campanha do Ministério da Saúde para combate-las. Por conseguinte, é diáfano que essa conjuntura propicia a chances de epidemias, se não tratada.   Outrossim, é cabível a ressalva de que os cidadãos brasileiros ainda estão arraigados a preceitos machistas que direcionam seus comportamentos. Tal quadro é perceptível quando se põe em pauta os números do IBGE, que demonstram um baixo percentual de ida ao médico por homens ao se comparar com os das mulheres. Ademais, essa situação pode ser entendida como um fato social de Emile Durkheim, o qual dizia que somos influenciados por um comportamento tido como comum pelo coletivo, e que não pode ser mudado por apenas um indivíduo. Dessa forma, é cristalino uma situação gerada por preceitos arcaicos que, muitas vezes, impedem um combate efetivo de doenças no Brasil.   Em síntese, entende-se que os principais vetores a serem combatidos são de matrizes ficais e sociais. Portanto, cabe ao Governo Federal, por meio do poder legislativo, criar leis que penalizem a divulgação de notícias falsas. Ao mesmo tempo, um maior investimento em inteligência policial seria um fator que melhoraria a fiscalização nos meios virtuais, reduzindo drasticamente as más influências no comportamento das pessoas, em especial no que tange a saúde. Paralelamente, propagandas e campanhas voltadas para o público masculino podem ser feitas, tanto nas instituições de ensino, quanto por a esfera do quarto poder com investimento do Ministério da Saúde. Dessa forma, poder-se-á evoluir frente a problemática, legitimando os escritos da constituição de 1988.