Enviada em: 03/06/2019

Durante a crise do século XIV o mundo ocidental vivenciou a chamada peste negra, conhecida como a doença mais avassaladora de todos os tempos. No contexto hodierno, o Brasil enfrenta - também- grandes desafios no que tange ao controle de epidemias. Dentre tais impasses, destacam-se dois  o desconhecimento social, principalmente nas classes de baixa renda, acerca das epidemias e a falta de infraestrutura dos hospitais públicos brasileiros propiciando, respectivamente, a proliferação das doenças dificultando o seu controle e mortes em massa devido à incapacidade hospitalar de atender tais demandas.       Primeiramente, destaca-se o fato de que grande parte da população desconhece os meios de combate à propagação de epidemias. Segundo a revista "O globo" cerca de 45 por cento dos brasileiros alegam não saber a correlação entre lixo e proliferação de mosquitos, intensificando os distúrbios epidêmicos. Ademais, de acordo com o IBGE as regiões mais afetadas com as epidemias são as áreas onde o grau de pobreza é maior. Evidenciando  a linha tênue entre vulnerabilidade socioeconômica, desconhecimento e proliferação de doenças.  Outrossim, segundo o filosofo Immanuel Kant "O homem é aquilo que a educação faz dele" com isso, o indivíduo apenas será um agente nesse combate quando o acesso a tais conhecimentos chegar a todas as camadas populares sem nenhuma distinção.       Além disso, é tácito que a desestrutura hospitalar brasileira fere garantias asseguradas à população. Visto que, segundo a revista UOL a cada cinco minutos três pessoas morrem aguardando atendimento nos hospitais públicos do Brasil, evidenciando o quadro de despreparo das unidades de saúde e contradizendo a Constituição Federal de 1988 que reconhece  a saúde pública de qualidade como  um dever do estado e um direito de todos os cidadãos.       Portanto, é mister que o governo federal aliado ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde, invistam, primordialmente, na conscientização coletiva dos grupos populares acerca da relação direta entre lixo, água parada e proliferação de mosquitos. Por meio de projetos escolares, principalmente, nas escolas das periferias, levando  oficinas, palestras e debates sobre o dever da população no que tange ao combate epidêmico, ensinando a coleta seletiva e a eliminação de focos que propiciem a reprodução de mosquito, como por exemplo, a água parada. Ademais, tais medidas devem extrapolar os muros escolares e serem divulgadas nas páginas oficiais do governo federal, do MEC e das prefeituras locais a fim de alcançar toda a população e fomentar a prevenção dessas doenças. Com isso, a incidência de casos diminuirá possibilitando aos hospitais atenderem uma diminuta demanda, os desafios no controle epidêmico serão vencidos e o direito a saúde e a educação serão efetivados.