Enviada em: 01/06/2019

No filme "Eu sou a lenda", Robert Neville é um brilhante cientista e o único sobrevivente de uma epidemia que transformou os humanos em mutantes sedentos por sangue. Andando pela cidade de Nova Iorque, ele procura por outros possíveis sobreviventes e tenta achar a cura da praga usando seu próprio sangue, que está imune. Saindo do universo cinematográfico e partindo para uma análise no contexto real, as diversas epidemias que ocorrem no Brasil e no mundo, são altamente prejudiciais para o bem-estar da população, levando muitas vezes a inúmeras mortes e situações irreversíveis. Nesse sentido, é essencial discutir sobre o atual quadro epidemiológico e como combate-lo.   Analisa-se, de início, que os fatores primordiais para a manutenção de tal problemática residem no extravio de verbas que atrapalha na eficiência das campanhas sanitárias e também, na falta do diálogo da comunidade científica e a população. é notório as várias ocorrências de epidemias no Brasil, em que várias pessoas, principalmente, as mais humildes, sofrem com doenças derivadas do mal planejamento urbano e da falta de saneamento básico. Tal situação está atrelada a má gestão do dinheiro público, que ao invés de investir em saúde pública e em moradias dignas, usam da corrupção e da inobservância as leis, para usufruírem do imposto arrecadado dos cidadãos. Logo, o Estado propõe ações paliativas, que acaba por gerar uma população cada vez mais negligenciada e culpabilizada.    Pontua-se, ainda, que existe um distanciamento entre o laboratório e a sociedade, sendo parte do conhecimento produzido incapaz de vencer as barreiras do anonimato e ser viabilizado como alternativa para a gestão pública e privada. Há, por parte da população, devido a sua estrutura educativa, grande resistência a aceitarem conversações científicas a respeito de algum acontecimento. Dessa forma, o trabalho do cientista é apenas valorizado em épocas de crises epidemiológicas, sendo a partir disso financiado e valorizado. Ou seja, se houvessem verbas e engajamento antes das adversidades, poderiam ser evitados vários surtos.    Compreende-se, portanto, que ações devem ser feitas em prol da saúde e do bem-estar da sociedade. Assim, urge que o Ministério do Saneamento determine a estados e municípios programas que visem o combate ao saneamento básico, reestruturando, assim, moradias mais carentes e canalizando esgotos e sistemas de água, com o intuito de reduzir doenças e promover bem-estar. Outro fator coadjuvante é que cientistas e pesquisadores tenham uma maior visibilidade, com participações em programas de televisão e rádios, para noticiar suas experiências e alertar a população sobre alguma problemática e como agir. Dessa forma, o filme "Eu sou a lenda" será um lembrete da luta e da persistência de cientistas no combate a grandes pandemias.