Enviada em: 10/06/2019

Apesar de na carta de Pero Vaz de Caminha os Portugueses terem vindo ao Brasil para fins de colonização, depreende-se que eles trouxeram consigo os benefícios de uma sociedade civilizada prestes a “salvar” o bom-selvagem da antiga Terra de Santa Cruz, contudo esse consiste apenas de um lado da história, contado pelo homem branco português. Assim como qualquer processo migratório, quando os agentes patológicos atingem população diferente da de origem, eles podem encontrar ali uma susceptibilidade e ocasionar doenças na mesma. Por essa razão, esses autores são um grande entrave para a saúde pública do país, e, portanto, faz-se necessário estratégias de combate tanto para rastrear e conter esses patógenos quanto para evitar sua progressão.        A princípio, à época da escravidão no Brasil colônia, com o grande influxo da população de escravos negros em terras verde-amarela como consequência do tráfico negreiro, e com isso as mazelas dessa origem. O protozoário causador da Malária, doença que originalmente era comum apenas na região africana, também foi transportado junto ao comércio de escravos negros naquela época, e desde então o protozoário tem se estabelecido na população brasileira e tem se tornado endêmico de regiões de clima quente e úmido, como a região Norte do país. Ademais, o fato é que o protozoário encontrou um vetor transmissor ideal que ora tenha sido transportado também com o tráfico dos escravos ou já houvera existido vetor similar capaz de abrigar esse patógeno nessa área.         Por conseguinte, uma maneira bastante eficaz de combate de proliferação de agentes causadores de doenças é o controle dos agentes transmissores. Durante os anos de 2017 e 2018 um surto de casos de febre amarela assolou a região sudeste do Brasil, com destaque para o estado de São Paulo. Esse surto foi objeto de bastante polêmica, uma vez que a doença ficou popularmente conhecida como a “doença do macaco”, por também afetar esses primatas, e por essa razão houve casos de caça e extermínio ilegal de macacos, mesmo estes não sendo os responsáveis pela transmissão do vírus.  Dessarte, ao Ministério da Saúde cabe o desenvolvimento de protocolos de ação contra as epidemias mais comuns do país, levando em consideração o fluxo migratório de pessoas ao redor do mundo e dentro da própria nação, por meio de investimentos em pesquisas em saúde pública, especialmente de doenças com grande capacidade de transmissão como as viroses e bacterioses. Também é importante, ao mesmo Ministério em consonância com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a instauração de políticas de controle dos vetores dos patógenos por meio de maior eficácia na qualidade do sistema público de saneamento básico, a fim de evitar a proliferação desses agentes transmissores e conter o retorno de doenças que, assim como a febre amarela no Brasil, não percam o "status" de erradicadas.