Enviada em: 08/06/2019

Respeitado internacionalmente, o Sistema Único de Saúde implantado no Brasil juntamente com a constituição de 1988 foi um marco histórico. Embora o SUS seja referência em transplantes e tratamentos de alta complexidade, falta-lhe gestão no que se diz respeito à medidas e políticas preventivas.     No ano de 2015, segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento alarmante de casos de microcefalia na região nordeste do país. No mesmo ano houve a descoberta do Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti e logo foi feito uma associação deste com os casos de microcefalia. Finalmente, em 2018, a UFMG consegue provar, em tempo recorde, a relação direta entre o Zika Vírus e os casos de microcefalia.       Mesmo com os esforços dos governos federal, estadual e municipal no combate à proliferação de mosquitos transmissores de doenças, a participação popular é pífia. E essa ausência da população faz casos de Dengue, Zica e Chikungunya multiplicarem. De um lado temos políticas preventivas ineficazes. Do outro, uma população que não se mobiliza em prol de um bem maior. O sudeste, região com maior densidade populacional do país, foi quem mais sofreu.     Desde sua criação, o SUS enfrenta um problema que é a atenção básica. Para que se consiga lidar com epidemias, talvez até antecipando-se a elas, campanhas mais incisivas com maior apelo participativo da população além de projetos orientando o público a buscarem acompanhamento médico mesmo sem apresentar sintomas de doenças, incentivando check-ups etc. Um exemplo bem sucedido de enfrentamento de crises foi a pesquisa da UFMG que estabeleceu a relação direta entre a Microcefalia com o Zika Vírus, entretanto, graças ao corte – ou contingenciamento – do Governo Federal para as Universidades Federais, todas as ações e pesquisas que visam a saúde pública estão em risco.