Enviada em: 09/06/2019

A revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro em oposição a vacinação obrigatória organizada pelo médico Oswaldo Cruz, foi um motim popular que demonstrou a importância de se engajar a população na instituição de políticas públicas de combate às epidemias. Dessarte, um século mais tarde, o Brasil mudou sua postura e evoluiu imensamente suas campanhas de vacinação. Porém, com a dispersão de fontes de informação de baixa credibilidade, via redes sociais, houve um crescimento no movimento antivacina, gerando, assim, o retorno de desafios para saúde já, então, superados.    A priori, é imperioso ressaltar que com o advento da globalização e o grande fluxo de pessoas, a vacinação é o principal agente supressor de epidemias. A conquista da América espanhola teve como um de seus principais elementos a instalação de epidemias mortais, em grande razão da falta de anticorpos nos nativos para lidar com doenças, hoje, comuns. Nessa lógica, atualmente as vacinas tem o papel de induzir a produção de anticorpos e evitar que vírus estrangeiros se alastrem com facilidade.    Outrossim, é fulcral a necessidade de divulgação científica para evitar a proliferação de informações falsas e movimentos antivacina.Nesse sentido, quando o Estado falha em divulgar a importância da vacinação e combater seus mitos, principalmente para a população menos educada, abre-se uma lacuna para absorver essas respostas que, não maioria dos casos, não irão provir de fontes confiáveis. Assim sendo, é importante que os órgãos estatais dialoguem de maneira clara com toda a população.    Depreende-se, em suma, a importância da vacinação como supressor epidêmico e a necessidade de políticas sanitárias não negligenciarem a conscientização da população. Logo, a fim de mitigar essa problemática, cabe ao Ministério da Saúde recrutar e treinar jovens oriundos do ensino médio para divulgar campanhas de vacinação e esclarecer seus mitos. Ademais, essa divulgação deve ser feita em seus bairros para facilitar a credibilidade. Dessa maneira, será, então, possível combater o retrocesso.