Enviada em: 09/06/2019

Durante a Idade Média, houve, na Europa, um surto de casos de peste negra, o qual alastrou o continente e dizimou boa parte da população. Analogamente, o  Brasil vive, na contemporaneidade, uma grande incidência de epidemias, fator problemático para a saúde pública. Nesse contexto, destacam-se, dentre os agentes causadores de tal conjuntura, o movimento antivacina e a escassez de investimentos em medicina preventiva.        Em primeira análise, é fundamental destacar que o movimento antivacina no Brasil tem contribuído para a ocorrência de epidemias. Por meio da difusão de ideias sem embasamento científico, as campanhas contra a vacinação têm conquistado adeptos, os quais deixam de realizar a prevenção necessária. Nessa conjuntura, há o retorno de doenças erradicadas, tal como ocorreu com o sarampo nos primeiros meses de 2019. Assim, evidencia-se a influência do movimento antivacina, considerado uma ameaça pela Organização Mundial da Saúde, na temática em questão.        Ademais, a ausência de recursos destinados a medicina preventiva constitui outra adversidade. Ações de prevenção a doenças epidêmicas são escassas no Brasil, tendo em vista que parte da população não tem acesso a postos de vacinação, informações sobre patologias e outras medidas básicas de precaução. Dessa forma, todos os investimentos acabam sendo direcionados para a medicina de tratamento, circunstância que gera um ciclo interminável.       Destarte, o Ministério da Saúde deve informar a população sobre a importância da vacinação, por meio de palestras em escolas, as quais contem com a presença de profissionais da saúde que esclareçam as incoerências do movimento antivacina e seu impacto social, para que as crianças e jovens cresçam esclarecidos sobre prevenção. Além disso, o Poder Executivo deve aumentar o investimento em medicina preventiva, para que o ciclo supracitado seja interrompido e as epidemias evitadas.