Enviada em: 20/08/2017

A Peste Negra matou cerca de um terço da população da Europa na Baixa Idade Média. Contudo, somente pôde ser tão devastadora devido às condições sanitárias da época, as quais eram precárias, uma vez que o conhecimento sobre a transmissão de doenças era rudimentar. Todavia, com o avanço da Medicina - e, em especial, da Infectologia -, as epidemias puderam ser mais facilmente resolvidas. Destarte, contanto que as falhas no saneamento básico e o pensamento dos brasileiros evoluam, o Brasil há de evitar epidemias.        Embora a saúde conste como um dos direitos sociais firmados pelo sexto artigo da Constituição Federal, o Brasil encontra-se longe de oferecê-lo em sua plenitude à população. Posto que o saneamento básico - o tratamento da água, do esgoto, o manejo de resíduos sólidos, a limpeza urbana e, sobretudo, a prevenção de agentes patogênicos - geralmente não chega às regiões periféricas urbanas e raramente aos centros rurais, conclui-se que tal empasse corrobora para a proliferação de doenças e, portanto, de epidemias no Brasil.        Concomitantemente, a cultura do brasileiro age como colaborador desse problema generalizado. Aliás, o filósofo Immanuel Kant de certo afirmaria que as atitudes dos cidadãos nesse caso seriam de vital importância para a continuidade desse problema, porquanto, segundo ele, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nesse âmbito, tendo em vista os inúmeros focos de água parada, a relutância em ir ao médico ao invés de automedicar-se ou a falta da higienização e do cuidado com a saúde pessoal, o brasileiro ainda peca diariamente e se mostra conivente com possíveis epidemias no Brasil.        Fazem-se, portanto, necessárias medidas para que o Brasil consiga evitar epidemias. Para tanto, o Ministério do Planejamento deve atentar-se para a situação precária do saneamento básico nas periferias e nos centros rurais e fomentar sua melhoria nessas regiões a fim de evitar o contato desses cidadãos com possíveis agentes patogênicos. Ademais, cabe ao Governo aumentar o contingente de agentes de saúde de campo que passam nas casas averiguando os pontos de água parada. Outrossim, compete ao Ministério da Saúde, juntamente as empresas privadas, a criação de campanhas publicitárias que tenham como intuito informar a população sobre os perigos da negligência da saúde pessoal não só para si, porém para todo um país.