Enviada em: 15/09/2019

É fato que a Revolução informacional proporcionou melhorias significativas na qualidade de vida das pessoas, através da biotecnologia foi possível a descoberta da cura de inúmeras doenças, aumentando significativamente a expectativa de vida. Embora traga muitos avanços, a multiplicidade de formas em  que os resultados podem ser aplicados, geram debates para discussão se estão de acordo com a ética. Fatores como a utilização de mecanismos para obtenção de vantagens não necessárias à vida e o ganho exacerbado de lucros sem retorno social demonstram a fragilidade do processo.     Em primeiro plano, é necessário destacar que a utilização dos métodos de manipulação genética é de suma importância para equacionar problemas vivenciados pela humanidade. Entretanto sem uma conduta ética, esse potencial poderá ser utilizado apenas para obtenção de vantagens, como melhorar o rendimento atlético, sendo irrelevante para o progresso humano. De acordo com o filósofo Jean Paul Sartre, o homem é condenado a ser livre. Assemelhando a esse pensamento, a total liberdade de aplicação de tais métodos, podem ser de carácter não éticos, por não atuarem com o propósito de um bem coletivo para a sociedade, ocasionando desigualdades.   Ademais, outro aspecto se faz relevante, conforme Emmanuel Kant, o princípio de ética é agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. Contrariando esse pensamento os avanços biotecnológicos podem utilizados de modo a visar apenas o lucro, sem comprometimento social, como sua utilização para escolhas de características de aparência física dos embriões. Apesar de ser essencial, o lucro quando não acompanhado de uma finalidade coletiva, afasta-se do ideal de ética.   Portanto, é notório que exista necessidade de seguir parâmetros, para que os avanços da biotecnologia seja favorável ao desenvolvimento humano sem ferir a ética. Logo, afim de existir limites no desenvolvimento de novas técnicas cabe a OMS (Organização Mundial da Saúde) promover um regulamento que especifique medidas que não devem ser ultrapassadas, construído através de debates entre especialistas das áreas médicas, tecnológicas e de ciências humanas, e com o auxílio dos países torne essas medidas universais, para que todo desenvolvimento seja em prol da melhoria da qualidade de vida.