Enviada em: 20/09/2019

Outrossim, ainda há outro agravante mediante tal problemática. Assim, é evidente que a falta de conscientização social é um entrave para elucidar os limites entre a ciência e a ética. É válido ressaltar que, conforme o educador Rubem Alves, não existe cultura sem educação. Nessa perspectiva, a melhor maneira para informar sobre os direitos e deveres básicos de um cidadão é instruí-lo desde a infância. Sendo assim, as escolas têm um papel fundamental na formação social do indivíduo ao criar a ideia de que existem limites para os seres humanos modificarem o material genético de qualquer espécie. Além disso, é imprescindível criar a ideia de que a tecnologia não tem índole, mas o homem sim. Dessa forma, fica claro que a biotecnologia pode ser e será usada em futuras guerras , assim como qualquer outra tecnologia é usada atualmente pelos países, como o avião, satélite, submarino, entre outras.       Destarte,infere-se que a biotecnologia e a ética tem que serem analisadas em conjunto, a fim de preservar a integridade de todos os seres vivos quando possível. Nesse âmbito, é mister que a ONU , através de uma assembléia geral, proíba o uso de biotecnologias em qualquer situação de guerra, a fim de evitar a exploração desenfreada de seres vivos em detrimento de outros. Ademais, é viável a implementação do projeto “ Respeito à Natureza”, pelo Ministério da Educação, no qual os alunos e seus responsáveis são convidados a participarem de palestras , ministradas por filósofos e cientistas, no ambiente escolar, em que serão debatidos temas como a importância de reconhecer os limites para a ciência.Quiçá, assim, o tecido social se desprenderia de certos tabus ao incluir grande parte da comunidade nesse ideal de mudança cultural e alcançar, deveras, àquilo que fora apregoado por Nelson Mandela.