Enviada em: 15/08/2019

De acordo com o educador Paulo Freire, para que mudanças sejam realizadas, a educação é primordial. Contudo, visto a crise econômica que perpassa o país e os métodos ultrapassados de ensino que são praticados no Brasil, diversas barreiras são impostas para o êxito na realização de um curso superior. Dessa maneira, é preciso conhecer os desafios para a diminuição dos índices de evasão universitária no Brasil, a fim de atenuá-los e tornar real as mudanças ditas por Freire.       Como primeira constatação, observa-se que os reflexos da crise econômica possuem estreita relação com a crescente evasão dos estudantes no país. Desde o auge da situação em 2015, muitas pessoas acabaram ficando desempregadas e sem condições de arcarem com o custo de uma faculdade privada, como a mídia vem noticia constantemente. Associado a isso, os sucessivos cortes na verba destinada à educação que vêm acontecendo nos últimos anos - como o "contingenciamento" de 30% anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) no início deste ano - têm feito com que muitas universidades públicas acabem a não dispor de orçamento para a prática dos auxílios aos estudantes, o que faz com que muitos indivíduos não tenham condições para concluir um curso superior e sejam obrigados a trabalhar no período de aula, por exemplo. Dessa maneira, a imprescindibilidade de superação desse paradigma configura-se como um importante desafio político nacional.       Ademais, em um segundo plano, os métodos ultrapassados de ensino são importantes mecanismos desse impasse. Muito diferente do que ocorre no Brasil, o método praticado na Tailândia tem trazido ótimos resultados. Baseado na premissa de que o aluno é o centro do processo de aprendizado, deve ter apoio e pôr em prática seus ensinamentos, de acordo com a revista Exame, o país disputa anualmente o título de melhor educação do mundo, avaliado pelo PISA - sistema internacional que examina a qualidade da educação dos países. Enquanto isso, no Brasil, observa-se que a maioria das universidades continuam com o ensino pautado no estudante ser um mero espectador com objetivo de absorver conteúdo, não o centro do processo. Assim, ele acaba desmotivado e a abandonar o curso. Dessa maneira, mudanças importantes devem ser feitas para a mudança desse cenário.       Portanto, a crise econômica e os métodos ultrapassados de ensino são importantes vetores da problemática. Destarte, é imperativo que o governo brasileiro, por meio de reuniões entre presidente e ministros, torne a educação do país prioridade, anulando os cortes praticados às universidades, pondo em vigor estratégias que visem reduzir gastos em outros setores. Ademais, é dever do MEC reformular o Projeto Pedagógico dos Cursos (PPC), por meio de parcerias e consultas com os estudantes. Agindo assim, será possível que os índices de evasão tendam a zero e que o ensino seja interessante.