Enviada em: 16/08/2019

Com a implementação do ENEM como substituto de alguns vestibulares e a criação de cotas para camadas marginalizadas na sociedade, o número de pessoas que ingressam nas faculdades aumentou. Contudo, a educação no Brasil não recebe a devida atenção da parte do governo, desde a básica até a superior, fazendo, assim, a evasão universitária crescer cada vez mais. Outrossim, a falta de incentivo financeiro ainda maior no novo governo agrava a situação. Na medida em que o cenário representa um problema, deve ser mitigado.    É importante destacar, primeiramente, a precariedade da educação básica no Brasil, que priva ,principalmente a camada mais pobre, de ter acesso a um aprendizado de qualidade superior ao que é alcançável para eles. Nesse viés, como a fase mais importante de adesão de conhecimento apresenta falhas, o problema se torna maior conforme o nível de escolaridade avança. Desse modo, quando o aluno se insere em uma universidade, enfrenta dificuldades em se manter e avançar nos períodos, o que ocasiona a desistência do curso. Portanto, a mudança deve ser feita agora para evitar o mesmo impasse nas gerações futuras.     Por conseguinte, as dificuldades financeiras na sociedade brasileira também é motivo para a crescente evasão universitária, visto que a maioria da população vive na pobreza ou na extrema pobreza - aponta dados do IBGE. Dessa perspectiva, a necessidade de trabalhar para ter renda maior, na maioria das vezes, torna mais difícil a permanência na universidade. Ademais, com os cortes nas verbas das faculdades federais, os alunos ficaram ainda mais sem recursos para continuarem projetos, pesquisas; até mesmo a limpeza e jardinagem do local foi comprometida, o que agravou a precariedade do ambiente, além de diminuir o desempenho dos estudantes e dificultar tarefas essenciais para a conclusão do curso.      É seguro afirmar, portanto, que os problemas sociais e a falta de investimento do Estado interferem diretamente na crescente taxa da evasão universitária no Brasil. Dessa maneira, à fim de evitar que cresça o número de pessoas que deixam as universidades, o governo, na figura de Ministério da Educação, deve elevar o nível da qualidade de educação nas escolas, por meio de maiores investimentos na infraestrutura, melhor qualificação dos professores e maiores salários na forma de incentivo. Faz-se necessário, também, que os Três Poderes implementem uma lei que garanta maior renda para a camada mais pobre da sociedade, através de ações afirmativas, para que sejam apresentados resultados imediatos na diminuição de estudantes que abandonam os cursos. O Brasil, dessa forma, caminhará para mais perto de ter mais profissionais com ensino superior completo.