Enviada em: 17/08/2019

No que pese a controversa vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808. Foi nesse período que os brasileiros, filhos da aristocracia, deixaram de cruzar o atlântico para ingressarem em uma faculdade, quando D. João VI as criou no Rio de Janeiro e em Salvador. Transcorridos três séculos, a semente germinou, popularizando o ensino superior no Brasil, muito embora, hoje se depara com a evasão que desperdiça 25% das vagas dos que nele ingressam.        Em primeiro lugar, as Universidades Públicas amargam um sério problema orçamentário, como por exemplo, o contingenciamento de 30% da verba discricionária, em 2019. Aliado a isso, elas cresceram muito, simultaneamente ao período que a economia decresce, resultando na carência de recursos, por conseguinte, na precarização do funcionamento. A demais, constata-se o desencantamento de universitários com o curso escolhido, por falta de perspectiva futura. Segundo o INEP, esses fatores têm levado ao abandono antes da conclusão, gerando, dessa forma, um grande prejuízo para toda sociedade.        Outrossim, além do desencanto com o curso, a dificuldade em se obter o financiamento nas faculdades privadas tem feito 25% dos alunos abandonarem o ensino presencial e 50% o ensino a distância, segundo pesquisa da BBC. Destarte, percebe-se que a precarização das Universidades Públicas, associada a dificuldade do autofinanciamento por parte dos alunos na rede privada, tem resultado no enorme desperdício de vagas no ensino superior.       infere-se, portanto, que o incremento na oferta de vagas nas universidades, não resultou, de forma proporcional, no aumento de formandos. Diante disso, o Ministério da Educação deve liberar recursos compatíveis com a despesa da instituição de ensino, para que essa volte a funcionar dentro da normalidade. Além disso, deve ofertar aos mais pobres o financiamento do ensino privado, cuja compensação, poderá ser por meio de serviço prestado à comunidade. Assim, minimizará essa evasão.