Enviada em: 20/08/2019

Mudanças no acesso ao ensino superior: prouni, fies, sisu e os próprios vestibulares específicos não são mais suficiente para promover a todos acesso e consequentemente permanência na educação superiora. Inquestionavelmente, os programas citados busca diminuir a diferença existente entre as classes sociais, todavia, não resolve problemas como financeiros e psicológicos que vêm causando aumento no índice de evasão universitária no Brasil.    Parafraseando Arthur Lewis – a educação nunca pode ser vista como despesa, ela é sempre um investimento com retorno garantido. Logo, política de assistência estudantil pública e privada torna-se necessária para diminuir a evasão universitária, que em sua grande maioria é causada por problemas financeiros, seja pela mensalidade exorbitante, despesas com moradia ou até mesmo alimentação, dentre outros. De acordo com a revista abril, 65% dos estudantes universitários brasileiros têm que trabalhar para se manter dentro da faculdade, causando uma sobrecarga psicológica sob si mesmo.    Em segundo plano, a barreira psicológica é outro elemento que causa o aumento dos índices de evasão no Brasil. Como analisado anteriormente, apenas 35% da população universitária é considerada da classe PEI (população economicamente inativa). Em suma, o restante dos estudantes em sua grande maioria não aguenta a pressão psicológica de levar a responsabilidade trabalhista e educacional em sintonia, podendo ocasionar crimes fatais contra a própria vida – suicídio – ou mesmo no abandono estudantil, causando a evasão de 50% do setor universitário, de acordo com o INEP. Desta forma, fica evidente a ineficiência política de assistência estudantil universitária, que põe o estudante brasileiro numa berlinda entre ter uma educação diferenciada e não passar necessidades humanas prevista como direito pela Constituição de 1988.    Urge, portanto, a necessidade de solucionar o problema proposto. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação por meio de verbas governamentais, auxiliar de forma permanente a vida do universitário em sua caminhada acadêmica, seja por bolsa permanência, estágios remunerados ou até mesmo disponibilidade de pesquisas científicas, dando preferencia para a população que provar precisar de um investimento financeiros maior para se manter. Espera-se que desta forma a evasão do ensino superior diminua, ocasionando direito quase pleno para os debilitados e maior número de formados qualificados no mercado brasileiro.