Enviada em: 26/08/2019

Durante a segunda guerra mundial, evento marcante na história da humanidade, grande parte dos jovens tiveram que abandonar a universidade para servir o seu país nos campos de batalha. Passado mais de meio século, a evasão universitária ainda é um acontecimento recorrente na sociedade brasileira, a qual está atrelada à falta de base acadêmica para acompanhar os estudos e à grande dificuldade de conciliar a graduação e o trabalho.    Em primeiro plano, é necessário enfatizar que uma boa base acadêmica é algo super importante para que o jovem ingressante na universidade se adapte bem e consiga prosseguir no curso. Nesse contexto, vale a pena mencionar a coleção de livros de cálculo do James Stewart, pois conforme o autor, a maior dificuldade que os alunos possuem para aprender o cálculo não está no cálculo, porém, nos conhecimentos que o precede, isto é, a base. Por conseguinte, discentes com tamanha dificuldade de acompanhar os cursos se sentem desmotivados e desestimulados a continuarem nele e preferem a saída do curso, pois não veem possibilidades de alcançar êxito nas disciplinas, bem como concluir a graduação. Dessa forma, fica evidente como a base acadêmica influência diretamente na evasão universitária no Brasil.    Ademais, é importante destacar que existe também, extrema dificuldade dos estudantes em conciliar estudos e trabalho. Visto que, muitos estudantes não podem apenas estudar, por conta da precariedade das condições financeiras familiares. Assim sendo, passam a priorizar o trabalho, ou optam pelo desligamento da universidade, o que comumente ocorre. Logo, tal atitude contrapõe a lógica de Cícero, filósofo romano, o qual afirma que " Os livros são o alimento da juventude", ou seja, a educação é o que a juventude mais deve buscar, como se fosse o seu alimento. Todavia, não é o que ocorre em todos os casos, como foi mostrado anteriormente, aumentando ainda mais os índices de evasão universitária.    A partir dos argumentos supracitados, portanto, medidas são necessárias para resolver a problemática apresentada. Sendo assim, o MEC(Ministério da educação) deve aumentar a oferta de bolsas permanência para universitários em estado de vulnerabilidade econômica comprovada, buscando extinguir a necessidade de uma jornada dupla por parte deles. Além disso, é preciso que esse benefício também ampare os estudantes que estão nessa situação, mas que são contemplados pelo ProUni, não sendo assim uma beneficie exclusiva das universidades públicas. Por fim, as universidades devem ofertar cursos de nivelamento para os alunos recém ingressos, afim de preencher as lacunas existentes na sua base acadêmica, de tal forma que evasão universitária fique marcada em nossas memórias apenas como um acontecimento da segunda guerra mundial.