Enviada em: 26/08/2019

O sociólogo Durkheim postulou o termo “anomia social” para se referir ao estado de caos na sociedade, o qual se aplica à questão da evasão universitária no Brasil. Nesse sentido, é notório que o déficit educacional desde o ensino escolar corrobora para o recrudescimento do abandono universitário. Ademais, vale ressaltar que as dificuldades financeiras e emocionais são, também, agravantes para essa mazela social. Por isso, é de suma importância que haja medidas para reverter essa situação.    Nesse contexto de fuga acadêmica, dados do Portal Brasil constatou que o escape foi de 49% nos últimos quatro anos. Tal dado reitera a necessidade de ações para o combate a essa realidade, posto o baixo desempenho dos alunos no ensino básico e médio, principalmente em matérias de exatas -matemática, química e física-, o que reflete na vida universitária e dificulta a permanência do corpo discente, pois, muitos sentem-se inaptos para o curso o qual escolheram por motivos afins. Toma-se como bom exemplo de combate a evasão estudantil a Universidade Federal Fluminense, a qual criou um curso de nivelamento, que tem por objetivo reforçar o corpo estudantil nas matérias às quais estes têm dificuldade. Desse modo, iniciativas que visem ajudar o discente reduzirão essas estatísticas e formará profissionais bem mais qualificados.   Ainda nesse viés, segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país da América Latina com o maior número de indivíduos com transtorno de ansiedade e depressão. Não raro, o grupo mais acometido são os jovens universitários, os quais ao adentrarem nessas instituições de ensino encontram um ambiente mais autônomo, diferente do escolar. Somado a isso, a pressão acerca das pretensões de carreira alimentam as síndromes psíquicas de forma negativa e por consequência levam os indivíduos a interromperem o curso. Em adição, os cortes educacionais reduzem benefícios sociais, como bolsa permanência, logo, pessoas que necessitam desses auxílios tornam-se impossibilitadas de frequentar o ensino superior. Assim sendo, é preciso que além de politicas assistenciais efetivas, existam atitudes que foquem na saúde mental dos educandos.   Portanto, faz-se primordial que o Estado atue por meio do Ministério da Educação (MEC) nas escolas ao focar nas dificuldades disciplinares e no gerenciamento estudantil mais ativo, com pedagogos que estimulem os estudantes a montarem um horário de estudo. Com isso, tais jovens se tornarão mais ativos e preparados para a vida no ensino superior. Além disso, é essencial o fomento do MEC para a criação de curso de nivelamento e buscar medidas financeiras que foquem em assegurar o estudante carente na universidade. Ademais Ministério da Saúde deve atuar nessas instituições para preservar e tratar da qualidade mental dos indivíduos. Logo, conseguir-se-à diminuir a evasão universitária no país.