Enviada em: 13/09/2019

No livro "Divergente" de Veronica Roth, é retratado um futuro distópico em que um Estado se organiza de forma a atender ás necessidades da população. No qual, há uma orientação para qual profissão ingressar. Nesse sentido, tem-se uma sociedade harmônica na qual há estudo para qual profissão haverá demanda. Fora da ficção, observa-se no Brasil uma distopia quanto a essa realidade ambientada por Roth. Uma vez que, devido a uma ausência  de organização, aliada a uma marginalização precoce a certas modalidades de ensino, verifica-se a ascensão da evasão universitária.     Segundo o filósofo moderno Tommas Hobbes, é dever do Estado garantir a paz e a ordem. Contudo, ao analisar a conjuntura atual do país verifica-se que existe uma transgressão a essa teoria. Visto que, segundo dados do INEP de 2015 a evasão universitária se manteve constante nos últimos dez anos, sendo esta estimada em 21%. Ainda, segundo o pesquisador da Unicamp Renato Pedrosa, a cada dois alunos que ingressam em um curso superior no país apenas um consegue concluir no tempo previsto.    Ademais, a evasão universitária na modalidade a distância se mostra em concomitância com a presencial. Haja vista que, consoante ao estudo do INEP de 2015 as desistências de cursos de EAD representavam uma média de 39%. Isso se dá, devido a uma marginalização quanto ao serviço prestado. Na qual, contraria a teoria de Pierre Levy, que afirma que a virtualização é a continuação, não o oposto da passagem do atual para o virtual.    Portanto, a fim de desatar as amarras que vêm potencializando a problemática, é necessária a atuação das ONGs. Na qual, as de apoio a permanência escolar realizarão palestras e debates com alunos da educação básica de todo o país. Ministradas por profissionais da área da psicologia, com o intuito de criar a consciência da importância econômica e social que há em iniciar uma graduação e finaliza-la no tempo estipulado. Para que assim, se possa deixar de violar o contrato social de Hobbes.