Enviada em: 01/02/2019

Desde do Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os Desafios para a educação da população indígena, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela ausência de práticas pedagógicas voltada aos indígenas, seja pelo deficitário auxílio financeiro para a permanência e acesso ao ensino superior.          Destaca-se a ausência de práticas pedagógicas voltadas aos indígenas, como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Segundo essa linha de pensamento, é possível perceber que, no Brasil,  a ausência de práticas pedagógicas rompe esse pensamento, haja visto que há um enorme deficit de material que seja voltado para o ensino a população indígena, tais como livros, que muitas vezes mostra uma realidade cultural distante da cultura local, ausência de professores capacitados, com a compressão sociocultural e a linguagem para fazer do ensino mais eficaz. Tornando assim, o ensino deficitário em termos da cultura local e de todo um ambiente sociocultural.        Outrossim,  é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o deficitário programa de assistência estudantil rompe essa harmonia, haja visto que, no censo de 2016, cerca de 1/4 da população indígena não conseguiu acesso ao ensino superior com gratuidade, seja pelo ProUni (Programa universidade para todos), SISU (Sistema de seleção unificada) ou Fies (Financiamento estudantil). Mostrando a enorme necessidade de uma atenção e reformulação da educação voltada aos indígenas.         É evidente, portanto, medidas são necessárias para resolver esse problema. Destarte, o Estado juntamente com o Ministério da Educação, devem por meio de Projetos Leis, instituir a fabricação de materiais didáticos que promovam o ensino sociocultural de uma dada etnia que utilizará do material reunindo para tanto, professores e comunidade da tribo para que o material se adeque a etnia. Não somente, o MEC deve promover por meio de programas estudantis a garantia de acesso aos indígenas ao ensino superior, por meio de auxílios financeiros que garantam o seu ingresso ao ensino superior bem como a sua permanência promovendo uma educação de fato para todos. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo.