Enviada em: 02/02/2019

No período colonial, os bandeirantes portuguêses, com o intuito de adentrar no território brasileiro em busca de matérias-primas preciósas, dizimaram os nativos e usaram-os como mão de obra, o que resultou na aculturação do índio. Mesmo após 518 anos, essa minoria ainda é vista como uma “raça desprezada”, concomitantemente esse conceito está inserido na educação, seja pelo preconceito linguístico como também o difícil acesso as aldeias. Dessa forma, o Estado, com a obrigação constitucional de igualitar o acesso ao conhecimento, torna-se vulnerável.    Em primeiro lugar, por motivos de coletividade de hábitos, muitos indígenas convivem com famílias  da mesma etnia, onde compartilham a mesma cultura. Entretanto, esses agrupamentos - aldeias -  ficam isoladas das áreas urbanas, o que dificulta o acesso a educação. A título de análise, segundo o MEC, 95% dos poucos professores que exercem o seu trabalho em moradias nativos são indígenas.Logo, a falta de especialidade desse profissional nesse meio denota-se evidente. Analogamente, esse panorama nefasto dificulta - mesmo com a Lei de Cotas - o acesso desses povos nas instituições educacionais.     Além disso, por motivos forçados, como por exemplo o desmatamento e o melhoramento no acesso a educação ; vários nativos migram para as cidades em busca de melhores condições de vida. Contudo, eles se deparam com uma outra realidade deplorável: o isolamento social. No campo didático, o  indígena tem dificuldade de comunicação nas escolas e universidades, pois a falta de importância e conhecimento da sua língua propicia isso, o que o faz sentir-se rejeitado e, até mesmo sofrerem xenofobia. Portanto, esse panorama ratifica a máxima atribuida ao filósofo Immanuel Kant: "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade''.    Em suma aos argumentos supracitados, os desafios educacionais do índio no Brasil são frutos do pensamento colonial: segregação e aculturação. Diante do exposto, o Estado, sujeito a mudar essa calamidade, deve criar políticas púlicas para as inscrições de professores especializador por área com o fito deles darem aula em aldeias indígenas, garantindo a esses profissionais boa renumeração pelo projeto social, com o fito de melhorias escolares nas regiões mais afastadas. Outrossim, o Ministério da Educação necessita universalizar os falantes nativos por meio do selecionamento e bons salários aos educadores indígenas que já trabalham no agrupamento familiar e compreendam as variações linguísticas, para os mesmos ensinarem alunos da zona urbana a língua dos aborígenos americanos e que estes entendam e interajam com esse povo,  caso tenham comunicação com eles, porque afinal, como inferiu Immanuel Kant: "O ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele".