Enviada em: 11/02/2019

O Estatuto do Índio foi promulgado em 1973, nele está previsto o direito  à educação e o respeito a cultura desse povo. Todavia, passados mais de 40 anos, os índios brasileiros ainda não têm esse direito assegurado, seja por causa da diminuição dos repasses de verbas para criação de vagas, seja pela falta de estrutura pedagógica.      Em primeiro lugar, é importante compreender que o baixo investimento na criação de vagas, para a educação indígena, é uma das barreiras que precisa ser transposta para solucionar esse problema. Denunciado, esse ano, pelo jornal Folha de São Paulo, a integração da Fundação Nacional do Índio - FUNAI -  ao Ministério da Agricultura dificulta o repasse de verbas, para a educação indígena,  uma vez que a nação prioriza os órgãos que geram renda e aumentam o PIB nacional, rapidamente, em detrimento do ensino. Dessa maneira a falta de vagas é um desafio para a educação dos índios, que querem estudar.    Em segundo lugar, o modelo de ensino proposto para os índios no país precisa ser revisto. Um exemplo disso é o ensino de disciplinas como física, química e matemática realizado pela Universidade Federal da Grande Dourados, com o intuito de integrar o índio a comunidade. Entretanto, essa atitude diverge das necessidades reais da tribo. Em consequência disso, muitos índios, ainda isolados, não se interessam em estudar nas escolas do governo, uma vez que sua tradição e seus costumes são  desrespeitados. Dessa forma, fica evidente que o ensino, para ser aderido pelos índios, deve convergir para seus interesses.     Fica evidente, portanto, que a educação da população indígena no Brasil  tem desafios estruturais e pedagógicos. Por isso, as Organizações não governamentais - ONG - que apoiem as causas indígenas devem denunciar as autoridades supranacionais de proteção ao índio o desrespeito que está ocorrendo referente a singularidade cultural desse povo, por meio de formulário na internet e via congressos indigenistas que acontecem internacionalmente, para que o índio, mesmo dependendo das decisões do  povo não-índio tenham seus direitos garantidos. Apenas, dessa forma, o Brasil será uma nação democrática e respeitadora das suas próprias leis.