Enviada em: 19/02/2019

Consoante ao grande líder do movimento dos direitos civis dos negros, Martin Luther King, "a injustiça num lugar qualquer é uma ameça a justiça em todo lugar". De maneira análoga, a educação da população indígena no Brasil, que mesmo após avanços constitucionais, persiste o contexto da iniquidade e reflete na sociedade brasileira, seja pela má infraestrutura, seja pela falta de investimento.       Cabe pontuar, em primeiro plano, que a questão constitucional e sua aplicação está entre as causas do problema. Haja vista, embora na constituição esteja assegurado o direito dos indígenas a terem acesso a educação de qualidade, ainda há brechas que permitem a restrição dessa garantia. De acordo com o senso de 2016, 30, 93% da população indígena não dispõem de uma espaço adequado, impossibilitando a qualidade de ensino e de material didático exclusivo, que valorize a cultura e a linguagem específica de cada grupo.         Concomitantemente, destaca-se a negligência do governo por não disponibilizar recursos suficientes para a população indígena. Parafraseando Arthur Lewis, investir em educação não é despesa, e sim a certeza de retorno, no entanto os investimentos para essa pequena parcela da população, não é suficiente para formação de docentes e para a contratação efetiva deles, dessa forma não haverá retorno. É imprescindível, que seja priorizado a educação deste grupo, de modo que, a diversidade étnica e linguística, seja preservada.        Em virtude dos fatos mencionados, torna-se evidente a necessidade de uma tomada de medidas, que beneficiem a população indígena. Para tal, cabe ao Ministério da Educação em parceria com o governo federal, promover uma educação  básica de qualidade, com materiais didáticos escrito por indígenas. Além disso, cabe as autoridades competentes oferecer mais incentivos e vagas para o ensino superior, e promover concursos para docentes efetivos, visando a inserção dos indígenas no mercado de trabalho, e a garantia de uma educação qualificada.