Com a chegada do povo europeu a terras tupiniquins, a cultura já existente-indígena- teve parte de seus costumes alterados. Da aculturação a escravidão, o índio serviu como moeda barata e apesar de atualmente ter conseguido enfrentar barreiras e quebrar esteriótipos conquistando direitos, ainda encontram dificuldades, sobretudo, no acesso a educação. Nesse contexto, é importante analisar a negligência governamental, bem como ações preconceituosas como principais fatores que afastam a educação do índio, a fim de propor medidas eficazes que afirmem sua identidade étnica. A lei de Diretrizes e Bases da Educação - promulgada em 1961- garante aos índios acesso ao conhecimento por meio de uma educação especializada com programas específicos para a comunidade. No entanto, não é raro perceber que partes o estado omite cuidados a essa população, tendo em vista que, de acordo com dados apresentados pelo Ministério da Educação, cerca de 53,5% das escolas indígenas não tem material didático específico para o grupo, o que dificulta o aprendizado, distancia o índio da sala de aula e aumenta consequente os índices de analfabetismo desse povo. Além disso, grande parte dos professores da rede pública e privada não apresentam formação acadêmica adequada para ensinar as comunidades indígenas, como por exemplo, não falam sua língua de origem, o que faz o índio perder pouco á pouco suas origens. É importante mencionar ainda, que paralelo a insuficiência de materiais e professores há também uma sociedade construída por esteriótipos arrogantes que que discriminam e fazem pouco caso da população indígena. Prova disso é quando o índio é tratado como um ''animal selvagem'' em novelas por exemplo, a fim de gerar descontração do público ou em épocas carnavalescas, quando usam-se de sua cultura - cocas, pinturas, vestimentas e danças- como forma de adereço sem sequer saber seus significados simbólicos. Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para garantir bom acesso a educação indígena. Cabe ao Governo Federal aliado ao Ministério da Educação garantir aos índios uma educação específica, diferenciada e bilíngue através de incentivos fiscais que estimulem os professores a especializar-se nessa cultura, haja vista que a constituição garante acesso ao saber sem distinção étnica. Por fim, a mídia deve expor em horário nobre propagandas, novelas e programas voltados a explanar de maneira educativa os costumes indígenas - uma vez que meios de comunicação de massa tem imenso poder transformador- a fim de manter a equidade social. Desse modo a realidade distanciar-se-a de construções preconceituosas vindas de outras épocas.