Enviada em: 02/03/2019

Com a chegada dos lusitanos ao Brasil, no século XV, os aborígenes foram profundamente desrespeitados e desvalorizados.No contexto brasileiro hodierno,diversos tem sido os desafios para a consolidação de uma educação escolar indígena digna, como a ineficiente prática dos pressupostos constitucionais referentes a educação e a insuficiência de pedagogos especializados,evidenciando que tal cultura ignorante trazida pelos portugueses ainda padece na nossa sociedade.Esse panorama conflitante comprova a urgência de uma atuação mais empenhada do poder público e de instituições educacionais,afim de, gradualmente,melhorar a condição da educação da população indígena no Brasil.                                                                                                                                                            Efetivamente,de acordo com a Constituição Federal de 1988,os povos indígenas têm direito a uma educação específica e comunitária. Porém,o que se observa na realidade atual é bem distante do que se propõe a lei básica,uma vez que muitos alunos indígenas deslocam-se enormes distâncias de suas tribos até os centros urbanos para desfrutarem de uma educação que, muitas vezes, nem é considerada boa e que não leva em consideração as línguas indígenas.Ademais, os que optam por não percorrer tais distâncias,acabam por desfrutar de uma educação ainda mais carente.Essa situação degradante evidencia a insuficiência do Estado no cumprimento desse pressuposto constitucional. Concomitante á falta de cumprimento da Carta Magna, existe a carência de profissionais realmente capacitados a lecionar em tais escolas.Para que se cumpra o definido pelas diretrizes do MEC,os professores das escolas indígenas,além de precisarem ter relevante vivência indígena,preferencialmente na tribo em que ensinam,em prol do adequamento do ensino á cultura,devem possuir graduação relacionada a área que atuam,o que não é evidenciado no contexto atual,visto que a grande maioria dos pedagogos de tribos indígenas,além de terem que trabalhar muitas vezes em três turnos pela falta de professores, não possuem uma graduação adequada,evidenciando assim a escassez de investimento das instituições educacionais de ensino superior na profissionalização pedagógica de indígenas.   Destarte,urge que o poder público,mais especificamente o Ministério da Educação, invista na instalação de novas escolas nas comunidades indígenas e na melhora da infraestrutura das já existentes,por meio da compra de equipamentos como lousas,computadores e livros novos,com o fito de cumprir o determinado pela Constituição. Além disso,que as instituições educacionais de ensino superior, invistam na profissionalização de indígenas no ramo da pedagogia com o intuito de formar professores aptos á atuar na educação indígena.