Enviada em: 23/04/2019

A Batalha em busca da educação indígena.    É de conhecimento de todos que a educação da população indígena sempre foi uma meta difícil de alcançar. Já que, até a constituição de 1998, a educação do índio era vista erroneamente como a aculturação,  e consequentemente, os costumes da população indígena eram esquecidos e substituídos por outros. Todavia, após a instauração dessa constituição, a falta de estrutura, de investimentos e o descaso da população e do Governo, colaboraram para a permanência da problemática.     Ademais, a falta de informação e o preconceito instaurado na sociedade de que todas as culturas indígenas são iguais, dificulta ainda mais o processo. No entanto, existem mais de 300 etnias e 274 línguas diferentes, de acordo com o Censo de 2010, e materiais para o ensino indígena que não sejam bilíngues e acessíveis, não melhoram o problema.      Não somente a taxa de 65% dos índios que moram em áreas rurais, também segundo o Censo de 2010, a distância dos locais de ensino e a escassez monetária dessa população, contribuem para a falta de estudo. Mas ainda, a falta de estrutura desses locais, considerando que 20% desses lugares estão sem manutenção, 30% são espaços físicos emprestados, como ONGs, e 30% são instituições sem local físico para o ensino. Como também, um grande propulsor desses problemas é o corte de verba e descontinuidade do PROLIND, programa de formação docente, divisão em territórios etnoeducacionais e não divisão política do estado.    Para mudar essa realidade, é preciso que o Governo Federal faça o devido investimento no PROLIND, dando continuidade ao programa, afim de garantir a formação docente dos indígenas com estrutura e materiais adequados e sem que os mesmo percam seus costumes e “raízes”.   E por fim, que o Governo Federal disponibilize palestras para conscientizar a população geral da obrigação e importância da educação para todos, inclusive para a população indígena e da necessidade da conservação da cultura dessa parcela da sociedade.