Enviada em: 20/05/2019

O índio e luta por educação.     No século XIX, a escola literária romântica sempre retratava o índio como um forte guerreiro. Esse período serviu para influenciar o pensamento da sociedade à respeito da cultura brasileira indígena. Em contrapartida, a realidade vivida por milhares de aborígenes foi cheia de disparidade e sofrimento. Hoje em dia, um dos maiores desafios enfrentados é a questão da educação que, somente através dela, é possível reconhecer e lutar pela identidade do povo indígena.      De acordo com o filósofo chinês Confúcio, todas as culturas estariam a cima de qualquer condição social. Portanto, independentemente do fator social, todos possuem o direito de preservar sua cultura. Atualmente, são mais de 300 povos que mantém vivos mais de 200 línguas e dialetos próprios, configurando assim, o desafio de sensibilizar os estados e municípios a entenderem a complexidade das culturas indígenas.      Ademais, durante muito tempo, a educação dos índios brasileiros, era intermediada por professores não-indígenas, que não entendiam por completo os costumes, linguagens e tradições dos nativos. Em 1988, a Constituição garantiu o direito da língua materna nas escolas para os índios, no entanto, é necessário investir nas aldeias com a proposta de formar membros das próprias comunidades para lecionar.      Portanto, é evidente que mudanças são necessárias para garantir a educação dos povos indígenas. É necessário que seja definido qual o órgão que deve atuar nos investimentos em educação, uma vez que o Governo Federal atua somente na área da saúde e não na educação, jogando responsabilidade para o Ministério da Educação que, por sua vez, diz não ter esse compromisso. Em adição, o MEC, em parceria com a Funai, devem criar o compromisso de facilitar o acesso de membros indígenas nas universidades para sua capacitação, assim como mais concursos públicos voltados para essa área e, assim, incentivar a formação de mais educadores que lutam por um futuro melhor para todos.