No Romantismo, período literário de grande importância para a formação da cultura nacional, os indígenas eram vistos como símbolo da nacionalidade, como um herói. Fora das páginas dos livros, a realidade é antagônica, pois direitos básicos como a educação se tornam desafios, para essa população vista antes como símbolo da cultura do país. Sob essa ótica, o passado colonizador ainda emite reflexos na dificuldade da expansão da escola para os nativos, ademais a falta de que se faça cumprir a lei vigente, são os principais desafios para a educação da população indígena. Em uma primeira análise, é importante destacar que no período de colonização do Brasil, a educação era usada de maneira a combater a cultura dos índios. Nesse seguimento, ela visava europeizar os povos indígenas que aqui viviam em uma clara ação de etnocentrismo. De maneira análoga, nos dias atuais, a população urbana ainda com uma visão etnocêntrica enxerga a educação como um meio de combate ao conjunto de tradicionalismo dos índios. Dessa forma, a falta de investimento de infraestrutura nas aldeias para a construção de uma escola especial a eles torna-se cada vez mais difícil, devido a tanto preconceito cultural existente. Além disso, a dificuldade das leis vigentes saírem do papel e serem aplicadas constituem o principal desafio educacional. Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988 garante aos indígenas o livre direito a sua cultura e usar a língua materna nas escolas. Desse modo, projetos da FUNAI como a Educação Escolar Indígena, seriam essenciais para levar as aldeias a educação garantida na Constiuição. Contudo, na realidade, as leis não possuem vigência e sequer são executadas pelos governantes, devido ao forte apoio a grandes projetos como o de mineradoras que avançam em áreas de preservação dos nativos. Dessa maneira, a falta de execução desses projetos educacionais emitem reflexos no ensino superior, de acordo com o G1, os estudantes indígenas são os que contam com o menor apoio público na universidade. Diante desses tais desafios, é imprescindível intervenções para a expansão da educação nas comunidades indígenas. Fica claro, portanto, que o preconceito e a falta de execução das leis são os principais empecilhos na educação a essa população. Diante disso, é necessário que a FUNAI em parceria com a mídia, cobre os governantes pela vigência real das leis brasileiras, essa cobrança deve ser feita por meio de propagandas na TV aberta e documentários mostrando a realidade das aldeias, com a finalidade de a educação aos índios seja como condiz a Constituição. Ademais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), deve instituir o ensino da cultura dos índios nas escolas, por meio de dinâmicas, a fim de evitar o etnocentrismo. Assim, o índio voltará ser visto como símbolo cultural, como o Romantismo o diz.