Enviada em: 27/08/2019

Quando iniciou a Era das Navegações, séculos XV e XVI, e, por conseguinte, a imposição da cultura majoritariamente europeia, era comum observar que a identidade local era apagada; não foi diferente com os povos indígenas do Brasil. Hodiernamente, século XXI, as consequências ainda são vistas: pessoas com características que não seguem os padrões europeus são exclusos da sociedade, dificultando, assim, a realização de medidas que ajudem na inserção de indígenas na educação. Desse modo, apenas pequena parte dessa população consegue ter acesso a educação e os que conquistam, enfrentam dificuldades. Visto isso, é de extrema importância que o governo realize ações afirmativas para o combate do problema.      É importante analisar, primeiramente, a relação do número de indígenas presentes nas universidades com o total presente no Brasil. Nesse viés, enquanto somam-se 800 mil indígenas no Brasil, apenas 49 mil estão em universidades, número muito pequeno, principalmente se comparado à brancos (mais de 3 milhões) e pardos (mais de 1 milhão), segundo pesquisa feita pelo IEDE (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional). O cenário apresentado é por consequência da segregação ainda presente no Brasil, em que a falta de material didático, infraestrutura, profissionais qualificados e incentivos do governo continuam fazendo parte do cotidiano indígena.     Por conseguinte, desde que o Brasil começou a ser urbanizado, no século XVII, a educação era uniformizada e não atendia as necessidades dos povos indígenas. Enfim, apenas em 1988 a Constituição Cidadã reconheceu os direitos culturais dos povos e possibilitou a manutenção do modelo de educação, de forma a permitir a continuidade da identidade indígena. Contudo, ainda assim dificuldades como a falta de um espaço físico para a realização dos estudos continua presente - mais de 30% se encontra nessa situação, de acordo com o Senso Escolar - e vergonhosamente aulas têm que serem dadas em locais improvisados, como casas emprestadas de moradores da região ou dos professores. Dessa forma, a qualidade de aprendizagem é negativamente afetada.      Em suma, as dificuldades educacionais enfrentadas pelos índios no Brasil é uma problemática que persiste no país. Dessa perspectiva, o governo, na figura dos Três Poderes, deve formular uma lei que obrigue, através de multas e punições, os municípios e estados com população indígena presente a construírem escolas e universidades que atendam as necessidades deles, que se encaixem em seus cotidianos e respeitem sua cultura, para facilitar à eles o acesso a educação. Outrossim, através das grandes mídias, a população brasileira deve ser incentivada a ajudar na luta pela causa, dessa maneira podendo apresentar resultados mais rápidos. Dessa forma, o Brasil se tornará um país mais inclusivo.