"No meio do caminho tinha uma pedra/Tinha uma pedra no meio do caminho".Os versos do poema de Carlos Drummond de Andrade podem exemplificar,atualmente, os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, haja vista que,esse é um obstáculo na trilha de uma nação em desenvolvimento.Nesse sentido, uma análise social e governamental é necessária para solucionar o problema. A princípio, é importante salientar que a coletividade possui papel central na continuidade desse estigma.Segundo a teoria da tabula rasa de John Locke , o homem nasce como uma "folha em branco" , e essa é preenchida através de experiências e influências.Sob tal ótica, é possível observar que os desafios para a formação educacional de surdos, no Brasil, se encaixam na tese do filósofo ,uma vez que , se uma criança cresce em um ambiente escolar que discrimina e exclui indivíduos portadores dessa deficiência ,ela tende a praticar o mesmo mal devido a convivência em grupo.Dessa forma , a vítima desse preconceito acaba excluída e não se socializa na escola, prejudicando sua formação.Assim, a conscientização social é a melhor forma de combater o impasse. Ademais, faz-se relevante ressaltar que a não fiscalização das leis existentes corrobora para o aumento da problemática.A Constituição de 1988-conjunto de normas que regem o Estado brasileiro-garante como fundamental a todos os cidadãos o direito a educação.Entretanto, no que tange esse direito aos deficientes auditivos ,o que se nota, é o não cumprimento dessa norma , pois segundo pesquisas , o número de mátriculas de surdos na educação básica do país caiu nos últimos quatro anos.Isso aponta para a necessidade de políticas pública que integrem esses indivíduos na educação. Destarte, diante dos argumentos supracitados , urge a intervenção social e governamental.Cabe ao Executivo Federal combater esse mal por meio da criação de uma secretaria especializada na causa, para que essa elabore oficinas de inclusão, a fim de integrar os deficientes auditivos na educação e no trabalho.Outrossim,os cidadãos devem organizar paléstras e debates em suas redes sociais,com o fito de conscientizar a sociedade.Dessa forma, tirando pedras e obstáculos do meio do caminho, construir-se-á um Brasil mais justo.