Enviada em: 06/02/2019

Com o advento da Terceira Revolução Industrial, em meados do século XX, grande parte dos países do globo passaram a vivenciar novas experiências tecnológicas, que contribuíram, a médio prazo, para mudança nas interações coletivas e para o desenvolvimento de ferramentas técnicas atuais. Contudo, apesar de esses experimentos serem vistos com bons olhos para muitos indivíduos, haja vista, sobretudo, a otimização na comunicação, muitos seres, em especial, os da terceira idade enfrentam grandes desafios para se adaptarem a este mundo moderno. Assim, por se caracterizar como uma forma de exclusão social e visando o bem-estar dos idosos, esses obstáculos devem ser suprimidos.   Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui, atualmente, 26 milhões de idosos, cerca de 12% da população total. Desses, apenas 5 milhões usufruem da internet. Um dos fatores que auxiliam na disparidade entre a totalidade de brasileiros com idade avançada e o conjunto que acessa às plataformas digitais é a linguagem utilizada no meio cibernético. Como a maioria dos usuários das redes sociais são jovens, a empregabilidade de gírias e de abreviações de palavras tornam-se constantes, o que dificulta a compreensão dos membros da terceira idade. Além disso, a resistência que muitos idosos têm de se conectarem, pelo fato de o ambiente ser virtual e não haver o contato físico, com o qual foram acostumados, colabora com as suas exclusões digitais.    Entretanto, apesar da resistência de alguns idosos, aprender a utilizar os artefatos tecnológicos estimula a memorização, processo de grande relevância, principalmente nesta idade avançada, já que muitos neurônios, com o passar dos anos, são perdidos. Ademais, com o domínio das redes virtuais e dos aparelhos eletrônicos, a comunicação se torna mais eficaz e eficiente, visto que em pouco tempo  consegue estabelecer contato com familiares e amigos, que estão nas diversas partes do mundo. Vale ressaltar, que ao saber manusear essas ferramentas, o leque de entretenimento que os idosos terão será diverso, ocupando, assim, o tempo em que estão livres e sozinhos.    Em vista disso, cabe ao Governo Federal, em parceria com especialistas da área da computação, desenvolver programas, gratuitos, que visem ensinar a terceira idade como fazer o uso das ferramentas digitais e dos aparelhos tecnológicos, trazendo a eles, a sua independência e garantido o seu bem-estar. Quanto aos familiares e aos amigos, compete o maior envolvimento e empenho em ajudar os idosos a lidarem com este novo mundo, para que eles se sintam acolhidos e inclusos, principalmente, no meio em que vivem.