Enviada em: 05/07/2018

O acesso de todos ao uso das tecnologias de informação ainda está um pouco distante de ser alcançado. No advento da tecnologia informatizada, a acessibilidade era o problema primordial. Hoje já existem medidas para contornar essa questão, mas outras se fazem tão importantes quanto, como o analfabetismo funcional e digital, desafio comum na terceira idade. Nesse sentido, percebe-se que o analfabetismo e a acessibilidade dos aparelhos devem ser abordados.       Assim como em qualquer outro meio, as informações digitais também são veiculadas através de palavras. Leituras de instruções e outros textos fazem parte desse contexto. Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 11 milhões de analfabetos, mostrando que o problema está bastante presente, principalmente em regiões menos favorecidas economicamente. Sem o acesso à leitura e escrita, o acesso digital fica comprometido. Até mesmo um curso para ensinar a utilização das ferramentas digitais fica restrito ao fato do cidadão ser ou não letrado. Torna-se claro, nesse sentido, que o combate ao analfabetismo é primordial na luta pela inclusão digital.       Além disso, existe também a dificuldade do uso das ferramentas tecnológicas, como celulares e computadores. Essa realidade aponta para o distanciamento do cidadão de terceira idade com relação a sua inclusão digital. Muito já foi feito como, por exemplo, a popularização dos computadores e celulares. No advento da informática, operar uma máquina de computação só podia ser feito por alguém devidamente instruído. Através da Microsoft®, Bill Gates e sua equipe simplificaram o sistema operacional e o aparelho propriamente dito, facilitando o seu uso. O problema neste aspecto reside no ponto em que a tecnologia não para de avançar, de crescer, de se modificar, incluindo o lançamento de novos gadgets e aplicativos que facilitam a vida de quem já é usuário, mas dificulta ainda mais o acesso de quem ainda quer se incluir digitalmente, no caso abordado, os idosos.       Fica evidente, portanto, que o analfabetismo e a acessibilidade dos aparelhos devem ser abordados. Neste sentido, faz-se necessário um maior investimento na alfabetização. Tal investimento deve acontecer por parte do governo com uma possível reforma na educação, mas pode acontecer também com incentivo de ONGs que aplicam a alfabetização. Além disso, o desenvolvimento de sistemas operacionais e aparelhos mais fáceis ainda de serem utilizados poderia ser incentivado. O governo pode dar um incentivo fiscal a empresas de TI para realizarem tal feito e que poderia ser aplicado inicialmente em aparelhos celulares com conexão à internet. Sendo relevante, ainda, a diminuição dos preços de celulares e computadores para aumentar a acessibilidade. Só assim, a inclusão digital na terceira idade acontecerá.