A globalização propõe a integração global, por meio dos avanços tecnológicos promovidos desde a Revolução Técnico Cientifica Informacional no século XX. Nesse contexto, hoje , tal concepção é um paradoxo constatado no mundo moderno , ao se observar a crescente segregação , sobretudo dos idosos, no ramo da tecnologia. Desse modo , os desafios para a inclusão digital dos anciões encontra suas causas nas visões sociais discriminativas e na falta de políticas educativas. Em uma primeira análise , cabe comentar que o preconceito suscita essa problemática. Essa assertiva é comprovada quando verifica-se que as políticas públicas são concentradas na inclusão digital dos jovens, em virtude dos mesmos serem vistos como "os promotores do desenvolvimento futuro", enquanto, geralmente, os idosos são caracterizados como "ultrapassados" e não pertencentes da sociedade contemporânea. Consequentemente, estes são segregados do meio digital , em razão da construção de concepções que determinam que os mesmos não são provedores do ensino dos recursos tecnológicos. Sob esse prisma , de acordo com o conceito " Habitus" do sociólogo Pierre Bourdieu, as visões sociais são determinadas pelas agências , a exemplo da mídia, e enquanto esta instituição não trabalhar contra essas manifestações , tais concepções irão se perpetuar na sociedade. Assim, os idosos, privados do ensino, encontram impasses para se inserirem na era digital. Essa necessidade de aprendizagem é justificada pela maior dificuldade destes de manusear os aparelhos tecnológicos em relação aos jovens , em detrimento dos anciões terem nascido e atingirem a maturidade antes do desenvolvimento digital atingir seu ápice no mundo globalizado. Com efeito, estes para conseguirem incluir os recursos da tecnologia em seu cotidiano , necessitam de instruções quanto ao funcionamento dos insumos digitais. Sob essa ótica, o filósofo John Dewey ressaltava a importância das aulas práticas e teóricas para a aquisição de um novo conhecimento , oque contraria a realidade brasileira, quando se verifica a carência de políticas de ensino tecnológico direcionado aos idosos. Torna-se evidente, portanto, que os anciões encontram diversos empecilhos para a inclusão digital. Desse modo, o Ministério Da Educação deve garantir o ensino dos recursos da tecnologia aos idosos, por meio da criação de centros educacionais direcionados a instruir estes no manuseio dos aparelhos , com o intuito de introduzir a tecnologia no cotidiano destes, em conjunto com a mídia , que irá promover a desconstrução das visões preconceituosas , por intermédio de propagandas que abordem a integração dos idosos ao mundo digital. Assim, a partir dessas medidas é possível colocar a integração proposta pela globalização em prática.