Enviada em: 04/08/2018

De acordo com os Direitos Humanos, a participação na cidadania é necessária a toda a população. No entanto, observa-se que, na atualidade, grande parcela da terceira idade está sendo alienada da vida em sociedade, uma vez que não tem o conhecimento sobre as novas tecnologias digitais, virando vítima de uma dificuldade de inclusão ao cotidiano análoga a do analfabetismo funcional. Diante dessa problemática, torna-se evidente a necessidade do Governo Federal instituir medidas concretas, para que a dignidade da pessoa idosa seja garantida.        Em primeiro plano, vale salientar que, com o advento das inteligências contemporâneas, mudanças drásticas ocorreram na sociedade, as quais são extremamente excludentes caso não haja qualificação, o que é notável na população de terceira idade. Nesse sentido, observa-se os pontos negativos desse problema, como a falta de autoestima e de convívio social por parte do idoso, que, mesmo quando tenta se incluir, é barrado pela realidade corrida de sua família, se sentindo isolado do mundo, visto que tem dificuldade de se comunicar com seus parentes e, também, de saber sobre as novidades de suas vidas. Assim, fica claro que, ao garantirmos a inclusão digital de um maior número de idosos, as diferenças entre eles e a sociedade serão minimizadas e garantiremos maior socialização e, consequentemente, maior papel na cidadania.        Na segunda análise, é preciso enfatizar que, apesar de o Brasil ter tido um crescimento do número de idosos com conhecimento digital, somente, segundo o IBGE, 1/5 das pessoas dessa faixa etária, entre as 26 milhões, acessam a internet, o que comprova a falta de políticas públicas efetivas para a inclusão digital. Tal fato é um afronte a princípios do filósofo Pierre Lévy, que diz que medidas devem ser tomadas para oferecer a possibilidade dos cidadãos, principalmente os de terceira idade, de participarem do processo de inteligência artificial, para terem maior autonomia social, e, além disso, essa realidade vai de encontro ao Estatuto do Idoso, que discorre sobre a importância de assegurar o direito desse grupo à cidadania. Desse modo, é inegável que ações eficientes devem ser tomadas, para diminuir a exclusão social desses seres humanos advindas das novas tecnologias.       Portanto, a inclusão digital da terceira idade é de extrema importância, para que o idoso se sinta um verdadeiro cidadão e não seja isolado. Dessa maneira, o Governo Federal tem de ampliar as oportunidades de acesso das pessoas com idades avançadas à educação digital, por meio da construção de novos centros educativos gratuitos, os quais ensinarão, mediante atividades práticas, sobre o uso do computador, de celulares e das redes sociais. A partir dessa ação, ampliaremos o número de idosos já incluídos digitalmente, que ainda é incipiente, e garantiremos os Direitos Humanos.