Enviada em: 07/08/2018

A ONU, ao oficializar o acesso à internet como direito fundamental humano, reconhece a importância do amplo uso das tecnologias digitais. Entretanto, os idosos ainda possuem reduzido acesso à essas, principalmente devido a preconceitos e à  baixa adaptação a usuários de idade avançada.       Em primeiro plano, as mídias digitais são recentes e, portanto, são culturalmente associadas às novas gerações. Esse efeito promove uma sensação de não pertencimento do idoso aos meios que utilizam aquelas, o que inclusive acarreta a discriminação dele. Logo, a terceira idade associa, de acordo com a teoria psicológica do Behaviorismo, o uso de novas tecnologias a um mal para si, o que a faz evitá-lo e acentua o processo exclusor.       Outrossim, a lógica do mundo globalizado preza pela agilidade e rapidez dos processos. Dessa forma, as plataformas e sites são desenvolvidos sem levar em conta as limitações físicas e cognitivas que usuários de idade avançada podem apresentar. Esse problema não apenas reduz o aproveitamento como também promove o isolamento desses, visto que a maior parte da sociedade comunica-se por esses meios com grande frequência.       Diante desses aspectos é necessário, por consequência, adaptação das tecnologias digitais ao uso por idosos. Para isso, o Ministério da Cultura deve criar cursos e oficinas que promovam a inclusão digital da terceira idade. Além disso, as empresas do ramo da tecnologia devem elaborar pesquisas para tornarem seus produtos adequados ao uso por essa faixa etária. Assim, diminui-se a exclusão, promovendo ampla integração social de todas as faixas etárias e atendendo o proposto pela ONU.