Enviada em: 16/08/2018

A "Belle Époque", foi um período histórico europeu caracterizado, sobretudo, pela expansão e progresso tecnológico. Por conseguinte, embora houvesse grande entusiasmo da população com as criações e descobertas realizadas, não foram poucos que se manifestaram descrentes desse movimento. Paralelamente à isso, é possível notar, nos dias atuais, um afastamento da classe idosa com o meio digital eminente. Nesse contexto, convém analisar e discutir os fatores que corroboram para isso.   É importante pontuar, de início, a velocidade em que a tecnologia vem se desenvolvendo. Diariamente são lançados novos aparatos tecnológicos, bem como celulares, tablets, computadores e afins. Contudo, em contraposição a esse desenvolvimento, está a falta de inclusão, visto que, segundo pesquisa realizada pelo jornal O Globo, apenas 12% da população idosa no Brasil tem acesso à internet.   Em segundo plano, cabe frisar o medo atrelado à falta de informações como fator determinante de tal segregação. Paralelamente à isso, é valido relacionar a aversão que o ser humano possui ao desconhecido, assim como abordado por Platão, ao distanciamento da classe idosa. Todavia, a inclusão digital corrobora com inúmeros benefícios à quem faz uso, sendo fonte de conhecimento, entretenimento e intensificação das relações sociais.   Evidencia-se, portanto, a necessidade da elaboração de medidas que resolvam esse contratempo. Dessa forma, é de suma importância que empresas de comunicação realizem projetos de aprendizagem de recursos básicos para a população com mais de 60 anos, por meio de cursos práticos, no intuito de familiarizar o universo tecnológico. Além disso, é preciso que haja o desenvolvimento de aparelhos e softwares direcionados, especialmente, para esse público. Espera-se, com isso, que assim como os proventos da "Belle Époque" foram bem aceitos posteriormente, o meio digital possa fazer parte da vida dessas pessoas.