Enviada em: 26/10/2018

Exclusão. Desinteresse. Desinformação. É nesse contexto que se encontra a inclusão digital da terceira idade no Brasil. Por isso, é fundamental a ação conjunta entre sociedade e Estado, no tocante a garantir a atualização cibernética dos idosos no país. Afinal, apesar de fundamental, a familiarização dessa classe com o mundo virtual continua restrita ao abandono Estatal e à irrelevância social.        Na obra "O processo civilizatório", escrita pelo sociólogo alemão Norbert Elias, os problemas sociais são vistos como estruturas atreladas à história. De forma análoga, no âmbito nacional, desde de o surgimento da internet, nunca foi dada a devida atenção aos "mais experientes" em sua introdução aos computadores e Smartfones. Nesse sentido, é de função social e econômica que tal grupo seja incluído nesse segmento da globalização.       Ademais, vale também salientar que, ao contrário do que muitos pensam, não é só de responsabilidade estatal a atualização cibernética da terceira idade. Assim, é fundamental que haja um envolvimento maior da população em geral na alfabetização virtual dos mais longevos, pois, só pelo engajamento coletivo, é possível a mudança em grande escala na sociedade brasileira.         Em suma, a resolução de problemas complexos não virá de ações isoladas. Portanto, para conter o analfabetismo digital entre os idosos, cabe ao Ministério da educação, em parceria com os governos municipais, disponibilizar centros de aperfeiçoamento de informática gratuitos para os mais velhos. Em paralelo, ONGs e OSCIPs (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) devem promover a informação, através de projetos de inclusão e conscientização da importância e do papel da terceira idade no mundo globalizado da atualidade. Afinal, segundo Aristóteles, filósofo grego, "A cultura é o melhor conforto para a velhice."