Enviada em: 02/11/2018

O advento da internet proporcionou diversos benefícios como a democratização da informação, segurança do emissor, comodidade e inserção social. Entretanto, as pessoas acima dos 60 anos, pontualmente, no Brasil, sofrem a exclusão digital, tendo em vista não só o seu próprio pré-conceito mas também as limitações impostas em decorrência a ordem natural da vida.    Pode-se perceber que um enorme obstáculo à inclusão virtual são os pensamentos pré-concebidos por ampla parcela dos sexagenários, porque o uso dos meios de comunicação via internet são relativamente recentes, sobretudo, para este grupo. Nesse sentido, a ausência do contato deste com aquele devido ao receio ou desconhecimento frente às novas possibilidades é uma perspectiva real e estudada por especialistas, haja vista uma vida inteira de hábitos distantes dessa disruptiva forma de interação, tal consolidação intelectual já havia sido suposta pelo empirismo e ceticismo do filósofo David Hume.   Outrossim, a chegada na terceira idade tem os seus custos, como: redução da produção de hormônios, perda da massa muscular, queda na resistência dos ligamentos como também a desmineralização da estrutura óssea. Convém lembrar ainda que há literatura científica sugerindo haver uma substituição dos neurônios de memória longa em detrimento dos de memória curta, ou seja, ao longo da vida nós perdemos grande parte do mecanismo responsável pela rápida assimilação dos novos conhecimentos. Com isso, é necessário desprender maior quantidade de tempo na instrução aos mais velhos.   Desse modo, o governo deve amplamente investir na educação dos idosos criando e incentivando projetos sociais que ensinem  informática básica e, principalmente,  na conscientização da sociedade acerca dos desafios inerentes àquele público aliado aos ganhos que os brasileiros obterão com essa específica inclusão digital.