Enviada em: 31/10/2018

Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig, encantado com o potencial do território brasileiro, escreveu o livro "Brasil: um país do futuro". Entretanto, atualmente, ao avaliar que os idosos compõem um grupo altamente desfavorecido no que tange o processo de inclusão digital, é notório que a profecia não saiu do papel. Desse modo, torna-se evidente a carência de estruturas especializadas na capacitação tecnológica, bem como a falta de apoio populacional.       Segundo Aristóteles em "Ética a Nicômaco" a politica serve para garantir a felicidade dos cidadãos. No entanto, esse conceito encontra-se deturpado, visto que a falta de profissionais qualificados na orientação desse grupo dificulta o contato dos idosos com os aparatos tecnológicos. Tal problemática ainda é intensificada pela inexistência de cursos disponibilizados pelo Governo, diminuindo as oportunidades educativas e sociais dos menos favorecidos.       Outrossim, outra dificuldade enfrentada se dá pela falta de apoio da sociedade, fixada pelo falso pensamento que pessoas menos capacitadas têm menor serventia à comunidade. Logo, é válido analisar que o desconhecimento acerca dos benefícios que os idosos, ao estarem conectados, trazem à coletividade, influi em comportamentos  inadequados que segregam as vítimas. Portanto, uma mudança nos valores da sociedade é essencial para a inserção desse grupo no meio tecnológico.        Por conseguinte, torna-se notório que medidas são necessárias para resolver esse impasse. A princípio, cabe ao Ministério das Comunicações, o acesso democrático aos meios de comunicação, criando cursos gratuitos de informática básica e comandos simples em eletrônicos, para tornar a inclusão digital acessível a todos. Paralelamente, as ONG's devem distribuir cartilhas que informem meios de instruir os idosos em casa, para universalizar o uso da internet, assim como sensibilizar a população a ajudar a vencer os desafios dessa integração.  Desse modo, será possível que a profecia de Zweig torne-se realidade no presente.