Com os avanços da medicina, a expectativa de vida das sociedades tende a aumentar. Segundo o IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estima-se que em 2027 a parcela de idosos representará mais de 18% da população brasileira. Sob essa perspectiva, a discussão acerca da inclusão digital da terceira idade torna-se premente.Nesse contexto, destacar os fatores concernentes à problemática. Em primeiro plano, cabe salientar como uma das principais causas da temática as influências históricas. De acordo com Nietzsche, todo problema social é fruto de uma construção histórica. Sob tal óptica, após a Revolução Industrial, observou-se a difusão da concepção utilitarista, na qual o ser humano só é inserido na coletividade caso esteja produzindo. Consequentemente, criou-se ao longo da formação ocidental a visão de incapacidade e inutilidade do idoso. Desse modo, concluí-se que elementos da estruturação do capitalismo acarretam problemas aos anciãos como a exclusão digital. Em segundo plano, ressalta-se as consequências do analfabetismo digital. Dessarte, pode-se citar, entre elas, a segregação social desse grupo. Tal conjuntura ocorre pois ao excluí-los do contato com o mundo virtual, há a privação de obtenção de informações como notícias e diferentes opiniões além de alternativas para a comunicação com parentes e amigos, por exemplo. Dessa maneira, evidencia-se a intensificação da invisibilidade social da terceira idade por meio do bloqueio ao espaço digital. Dado o exposto, infere-se que a inclusão digital dos mais velhos enfrenta diversos obstáculos. Portanto, medidas devem ser tomadas para dirimir o problema. Logo, torna-se imperativo que Ministério da Educação em coadunação com escolas estaduais e municipais promovam oficinas de ensino tecnológico direcionados á terceira idade com o intuito de ensinar o manejo de "smartphones" e computadores, lecionados aos sábados, por professores capacitados via plataforma digital visando a inclusão da terceira idade no mundo digital. Além disso, faz-se necessário a ação do Ministério da Ciência e Tecnologia no fomento de desenvolvimento de programas e aplicativos mais simplificados por Universidades Públicas para facilitar o uso dessas ferramentas por esse segmento. Sendo assim, o aumento da idade não representará um fim, mas sim, um novo recomeço social