Ao longo do processo de globalização, as tecnologias maximizaram-se e ampliaram o espaço das redes sociais e dispositivos eletrônicos. Dessa maneira, idosos têm enfrentado inúmeros desafios para conseguir lidar com tamanha modernidade, que distancia-se, completamente, dos hábitos da população da terceira idade. Nesse sentido, surge uma problemática que persiste intrinsecamente ligada à realidade social, seja pela falta de políticas de inclusão, seja pela lenta mudança de mentalidade social. Primeiramente, é importante ressaltar que a insuficiência de programas que objetivam a inclusão digital para o idoso é um equívoco que prejudica a sociedade moderna. Desse modo, torna-se indubitável que a falta de investimentos governamentais em cursos básicos de informática acomete o desenvolvimento social do idoso. Ademais, saber ministrar computadores, celulares e televisões com tecnologia streaming funciona como distração para a terceira idade, o que, certamente, diminuiria casos como depressão, suicídios e problemas psicológicos, visto que tais dispositivos estimulam o cérebro e fornecem uma série de informações que podem ser proveitosas para os referidos. Sob outra esfera, a aversão ao idoso funciona como catalisadora da problemática. Nessa perspectiva, jovens e adultos inertes à correria diária acabam deixando de lado seus avôs e avós, ou mesmo não têm paciência para lhes explicarem o funcionamento dos dispositivos eletrônicos, fato que corrobora para o agravamento da situação. Além disso, muitos aplicativos não são adeptos à inclusão, haja vista que utilizam termos e linguagens de difícil entendimento para o idoso. Entende-se, portanto, que a insuficiência de políticas de inclusão, bem como a mentalidade retrógrada dos adeptos à tecnologia trabalham como impulsionadores para a falta de inclusão digital da terceira idade. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve investir em cursos preparatórios para meios digitais voltado ao idoso, com professores capacitados que além de ensinar, auxiliem sempre que necessário. Ademais, devem haver campanhas de abrangência nacional sobre a importância da terceira idade para a sociedade, com o intuito de estimular que a população economicamente ativa valorize seus familiares mais velhos, os ensinando e apoiando tecnologicamente. Dessa maneira, gradativamente, os idosos estarão inseridos no âmbito digital.