Enviada em: 27/05/2019

A Constituição brasileira de 1988 garante aos idosos o direito à vida, ao bem-estar e à inserção na sociedade. No entanto, essa parcela populacional sofre com os malefícios gerados pela existência de desafios para a inclusão digital. Isso ocorre devido ao descaso governamental e ao preconceito. Logo, o Governo e as escolas precisam solucionar essa problemática.   Sob esse viés, é evidente que há uma enorme falha na educação digital dos idosos brasileiros, pois, apesar do interesse em aprender, o indivíduo tem dificuldade de encontrar o fornecimento do aprendizado tecnológico. Nesse sentido, essa ausência de oportunidades é ocasionada em função do descaso do Poder Público com a terceira idade, visto que muitos não fazem parte da população ativa. Segundo Crismédio Vieira, membro do Conselho Municipal do Idoso de Maceió (CMI), os órgãos do Estado de Alagoas não oferecem cursos de inclusão tecnológica, o que é frequente no País e representa o descuido com as pessoas idosas. Consequentemente, o indivíduo desatualizado passa por maiores adversidades, como filas, porque desconhece pagamentos pelo celular, e é excluído da comunidade por falta de adaptação. Desse modo, o Governo deve estimular a inclusão dos idosos.   Além disso, muitas pessoas da terceira idade sofrem com o preconceito de serem taxadas como inválidas, devido às limitações trazidas pelos anos vividos. Essa incoerência é um obstáculo, dado que, ao procurarem auxílio tecnológico na família, por exemplo, eles são tratados de maneira desrespeitosa e sem paciência; é essencial carinho para ensinar, o que falta em diversos lares e prejudica a integração. Nesse aspecto, o conceito de estigmas sociais, do antropólogo Erving Goffman, no qual o indivíduo é inferiorizado por suas características particulares, representa o preconceito em relação à população idosa. Com isso, esse cidadãos criam uma aversão ao mundo virtual, pois sentem-se marginalizados. Dessa forma, as escolas precisam mudar essa mentalidade excludente.   Portanto, buscando minimizar os desafios para a inclusão digital da terceira idade tanto no âmbito governamental quanto no social e seus efeitos prejudiciais, é necessário que o Governo invista na inserção tecnológica desse setor da comunidade, por meio da criação de mais cursos com baixo valor e professores de Informática eficientes na adaptação desses indivíduos, a fim de facilitar suas vidas no novo século. Ademais, as escolas devem modificar o pensamento preconceituoso de grande parte dos jovens e suas famílias, por intermédio de palestras que tenham psicólogos revelando a discriminação contra pessoas idosas e os desejos de aprender interrompidos, com o fito de promover maior empatia em relação aos cuidados referentes a essa parcela populacional. Assim, os direitos desses brasileiros serão respeitados como garante a Constituição de 1988.