Enviada em: 27/08/2019

O filme norte-americano "UP", retrata a marginalização e a incompreensão da velhice, uma vez que mostra o repúdio aos idosos que não relacionam-se  no meio tecnológico. Fora da ficção, constata-se que tal preconceito permeia o corpo social brasileiro e coloca a terceira idade a margem da sociedade. Nesse sentido, tem-se a carência de políticas de inclusão efetivas ao meio digital, bem como a intolerância social como propulsores da problemática.     A priori, é fato que é omissão estatal frente a promoção de ações de inclusão digital corrobora para o caos. Dessa forma, de acordo com o filósofo John Locke, esse impasse externa uma transgressão ao "contrato social", uma vez que o poder público não garante direitos básicos aos brasileiros, como a igualdade social prevista no artigo 5°. isso acontece porque os governos federais e municipais não realizam campanhas efetivas para promoverem a inserção tecnológica dos idosos, por meio de cursos práticos que ensine o passo a passo e com a presença de professores capacitados, tal como a carência de campanhas que incentivem tal inserção tecnológica.     Outrossim, nota-se que o legado do preconceito digital a terceira idade é um fator preocupante ao meio social. Com efeito, segundo o físico Albert Einstein, "atualmente é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado". Nesse prisma, é notório que a repulsa aos mais velhos pela falta de domínio sobre os aparatos tecnológicos proporcionam um nocivo isolamento social. Nesse sentido, dados do Instituto Brasileiro de geografia e estatística, mostram que nas últimas décadas o número de idosos conectados cresceu vertiginosamente, porém ocorre de forma desigual e não atinge a maioria. Assim, é fato que esse "analfabetismo digital" necessita ser mitigado e o uso da tecnologia seja incentivado pelos mais jovens.     É evidente, portanto, que medidas efetivas sejam tomadas para impedir tal intolerância como no filme "UP". Destarte, o Governo Federal, junto aos municipais, deve lançar campanhas e cursos de inclusão digital de forma homogênea no país, por meio de projetos que mitiguem o analfabetismo tecnológico, no fito de amenizar gradativamente o isolamento social e promover a a integração tecnológica da terceira idade. Ademais, a mídia, pode lançar propagandas que mostrem os malefícios dos preconceitos e busquem incentivar tanto a população a ajudar os mais velhos, quanto florescer à vontade dos idosos de conectar-se e evitarem o isolamento social.