As vacinas são o meio mais seguro e eficaz para a população se proteger de doenças infecciosas. Contudo, a falta de conhecimento acerca das doenças e uma cultura de que vacinas adoecem as pessoas, têm dificultado as ações do Estado para garantir a vacinação no Brasil. Como dito pelo pensador Marco Túlio Cícero, a ignorância é, de fato, a maior enfermidade do gênero humano. Essa máxima elucida bem um dos desafios da vacinação: a falta de conhecimento. Doenças como a rubéola, o sarampo e a poliomelite foram erradicadas em solo brasileiro por meio das vacinas, entretanto, devido às décadas que separam a extinção dessas enfermidades dos dias atuais, muitas pessoas não possuem conhecimento acerca dessas doenças, seus sintomas e riscos, desprezando a vacinação. De forma complementar, a retomada da cultura arcaica de que vacinas adoecem as pessoas se torna outro empecilho frente à vacinação. Apropriando-se da Biologia para explicar a ação das vacinas no organismo, toma-se conhecimento de que, para garantir que o corpo reaja de forma mais rápida e eficaz contra um vírus ou bactéria, é necessário que ele já conheça esses agentes. A vacina então, apresenta pequenos fragmentos desses causadores de doenças ao corpo humano, para que este produza anti-corpos e deixe gravado na memória imunológica como combater esses agentes. Assim, quando em contato com esses vírus/bactérias novamente, o corpo reagirá de forma rápida e eficaz, aumentando significativamente as chances de eliminar a doença. Torna-se passível que, após a aplicação da vacina, o indivíduo tenha alguns sintomas, como febre, mas isso deve ser entendido como o corpo respondendo positivamente a uma doença e produzindo anti-corpos para combatê-la, sendo assim, a melhor alternativa de imunização. Para superar, portanto, os desafios da vacinação no Brasil, é de suma importância que os governos estaduais e o Ministério da Saúde façam campanhas informativas e conscientizadoras em postos de saúde, hospitais, rádios e televisão no que diz respeito às doenças que estão em iminência e àquelas que estão administradas.Dessa forma, o povo poderá entender que o controle e a vacinação periódica são o melhores meios para prevenir doenças infecciosas e para evitar que elas retornem. Paralelamente a essas medidas, faz-se importante também que as escolas, ao explicarem sobre as vacinas, seus efeitos e benefícios, incluam a família por meio de palestras e atividades que agreguem alunos e responsáveis(como gincanas educativas para todos os familiares). Assim será possível levar conhecimento aos alunos e à família - que ,em grande parcela, não teve acesso à educação formal.