Enviada em: 15/08/2018

A Revolta da Vacina, desencadeada pela política sanitarista de Oswaldo Cruz, demonstra o histórico desafio de vacinar o povo brasileiro. Com isso, é necessário discutir os principais obstáculos para garantir o direito à imunização, tendo em vista a falta de vacinas nos postos de saúde, bem como, o crescimento de movimentos antivacina.    Em primeiro plano, é importante ressaltar que a ascensão de movimentos contra a vacinação tornaram-se um grande desafio à saúde pública brasileira. Isso se deve à notícias falsas que permeiam a internet. A disseminação das pesquisas fraudulentas do médico e pesquisador Andrew Wakefield - que associava a vacina do sarampo ao autismo em crianças - foram amplamente veiculadas nas redes sociais em 2015. Logo, de maneira análoga ao pensamento de Francis Bacon, que afirmava que o comportamento humano é contagioso, pais em atitude viral, evitam vacinar seus filhos. Desse modo, por ignorância e manipulação midiática, promovem a volta de doenças erradicadas, como o sarampo e a pólio.       Ademais, apesar de o direito à saúde ser garantido desde a Constituição Federal de 1988, é notório que as redes de atenção básica são deficientes em regiões interioranas. Muitas vezes por falta de verbas, é comum em cidades pequenas, o desabastecimento de vacinas nos postos de saúde.  Em síntese, conforme a lógica newtoniana em que toda ação gera uma reação, devido a negligência estatal frente à ausência de vacinas e políticas imunitárias ao público camponês, milhares de pessoas estão expostas à patógenos, além de corroborar para quadros de epidemia.     Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. Munido de uma maior parcela do PIB, o Ministério da Saúde pode enviar verbas para os postos de saúde, com o intuito de comprar vacinas e aumentar as campanhas midiáticas de prevenção. Com isso, equipes multidisciplinares poderão realizar mutirões de vacinação na cidade e no campo,  em consonância à publicidade informativa para alertar a população acerca dos riscos da não-vacinação.