Enviada em: 14/08/2018

"É só uma picadinha"    A 114 anos atrás, ocorria, no Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina; aonde o povo, sem acesso a informação, se rebelou contra o governo que tornou obrigatória a vacina contra a varíola. Hodiernamente, o Brasil passa por uma revolta velada, a cada ano o número de pessoas vacinadas caem e ocorrem mais surtos de doenças que, até então, pareciam erradicadas.    De acordo com uma pesquisa feita pelo site Correio Braziliense, no ano de 2017, das nove vacinas principais do calendário infantil, nenhuma atingiu a meta de 95 por cento; um fator contribuinte com o descaso da população perante a imunização é a disserminação de notícias falsas.    As famosas "fakenews" são baseadas em informações infundadas, tendo em seu conteúdo frases apelativas e mentirosas, compartilhadas por centenas de pessoas em aplicativos de mensagens e redes sociais como o Facebook e o Whatsapp.     Uma das mais famosas notícias desta categoria surgiu em 1998 e reverbera até hoje, o médico inglês Andrew Wakefield publicou um estudo relacionando vacinas com autismo, afirmando que após algumas doses, crianças tiveram comportamentos provenientes desta doença. Ele foi considerado incapaz de exercer a profissão, mas ja era tarde demais; em vários países do mundo as pessoas ja acreditavam neste absurdo.    A falta de informação coadjuva com a insipiência da população, por isso, é importante fazer com que as pessoas tenham conhecimento sobre os benefícios da vacinação em dia e os males que sua falta causa. O governo poderá contribuir fazendo campanhas de fácil entendimento, que passe em veículos populares de comunicação, como canais de televisão abertos. Deixar o acesso a imunização mais simples, investindo em um número maior de postos de saúde móveis em todos os estados brasileiros. Criar e fazer com que seja obrigatório, uma semana da vacinação em escolas da rede pública e privada, aonde crianças tomariam as doses pendentes e aprenderiam sobre as vacinas de uma maneira divertida e interessante. Vacinar para se ter crianças e adultos com uma qualidade de vida elevada é obrigação do governo e dos pais.