Enviada em: 16/08/2018

Da mesma forma com que, de acordo com a primeira Lei de Newton, um corpo tende a permanecer de jeito que está até que uma força atue sobre ele, assim é em relação ao atual quadro de vacinação do Brasil, que só deixará de funcionar de maneira precária se medidas forem tomadas. Os fatores determinantes que prolongam essa situação são conhecidos e estão relacionados com a falta de interesse do cidadão em ser vacinado e com a ausência de materiais nos postos de saúde.       É válido ressaltar que, conscientizar a população da grande importância de irem vacinar não é um problema atual. O Brasil, em 1904, foi palco de uma grande revolta popular onde as pessoas negavam-se a tomarem  as injeções necessárias, mesmo com o surto de doenças epidemiológicas que existia entre elas. Atualmente, mesmo cercadas de tantas informações, muitas continuam negligenciando o fato de ainda estarem sendo expostas à muitos perigos.       Além disso, há uma carência no número de vacinas nas unidades de saúde mesmo havendo um investimento de quase cinco bilhões de reais em vacinação. Urge, então, a necessidade de reavaliar a distribuição desse recurso. Ademais, desse montante, aproximadamente 55 milhões são destinados à campanhas publicitárias, valor esse que poderia ser reduzido se os brasileiros assumissem suas responsabilidades.       Portanto, para que todo indivíduo esteja em dia com suas vacinas, será necessário que o Congresso Nacional aprove uma emenda constitucional onde o uso do cartão de vacina seja obrigatório como documento pessoal, assim como o RG, junto aos órgãos públicos e setores privados. Com essa mudança, o Ministério da Saúde poderá usar mais recursos para garantir vacina a todos e não em campanhas de publicidade. Sendo assim, a sociedade será a força atuante necessária para a mudança da atual situação brasileira.