Enviada em: 17/08/2018

O advento da Terceira Revolução Industrial, no século XX, favoreceu o desenvolvimento da tecnologia médica, proporcionando, por meio das vacinas, a prevenção de doenças que antes assolavam as sociedades, como varíola, sarampo e febre amarela. Embora essas imunizações sejam ofertadas pelo sistema público de saúde brasileiro, há baixa procura das vacinas devido às informações falsas, gerando consequências à sociedade. Dessa maneira, torna-se necessário fomentar a importância da vacinação.       Nesse contexto, a propagação de notícias sem fundamento científico sobre as vacinas dificulta o caminho para uma sociedade prevenida. Durante a Revolta da Vacina, ocorrida no início da república brasileira, percebeu-se uma visão reforçada por leigos de que as imunizações seriam uma medida de controle da população, na qual o próprio governo disseminava as doenças para dizimar a população pobre, causando o caos social. Situação semelhante ainda persiste no cenário atual, pois indivíduos divulgam casos de supostos efeitos negativos da vacinação nas redes sociais, como ''What's App', ''Facebook'' e ''Twitter'', instigando o medo generalizado. Dessa forma, os cidadãos, com receio de se tornarem vítimas, optam por ficar à mercê do surgimento de epidemias, sem consultar os profissionais da área.        Por conseguinte, a manutenção dessa atitude favorece o surgimento de doenças antes controladas. Isso ocorre porque, contraria os conceitos da imunologia médica, segundo as quais a vacina aplicada estimula a proteção antecipada para um eventual contato posterior. Assim, uma vez não imunizado, propicia a ação das doenças, podendo causar sequelas irreversíveis e até mesmo a morte. Logo, provoca-se a suscetibilidade dos cidadãos a problemas de saúde e a disseminação de mazelas, aumentando os gastos públicos, pois necessita de mais recursos para tratar a enfermidade ao invés de tratá-la.        Nessa perspectiva, a difusão de informações sem embasamento médico põe em risco o controle de prevenção de doenças. Por isso, torna-se necessário que o Ministério da Saúde esclareça os baixos índices de reações às vacinas, por meio das redes sociais e mídias jornalísticas, pois essas são fundamentais no auxílio da propagação do conhecimento, com pesquisas que comprovem a eficiência da imunização, com o objetivo de incentivar a procura dos postos de vacinação. Outrossim, cabe as escolas instruírem os alunos sobre as consequências da não prevenção, por intermédio de palestras com especialistas, como médicos, a fim de conscientizar os futuros cidadãos da importância da vacina.