Enviada em: 23/08/2018

A revolta da vacina foi um marco histórico que pôde ser visto como um problema de comunicação entre o estado brasileiro e o povo. Muitos anos depois, o país teve resultados positivos na vacinação da população. Contudo, na atualidade, o Brasil enfrenta desafios para garantir a vacinação e a discussão do tema é essencial. Diante disso, entre outras barreiras, assim como no passado, a comunicação feita por campanhas publicitárias mostram-se ineficientes mesmo com aumento de investimentos.         A priori, os investimentos em vacinação desde 2004 tiveram aumento, por exemplo, de 2010 para 2018 subiu quase sete vezes o orçamento destinado a esse tema na Lei Orçamentária Anual publicada pelo Congresso Nacional. Entre as doenças combatidas aponta-se: caxumba, sarampo, rubéola, poliomielite, HPV entre outras. Essas doenças são, em regra, atacadas pela vacina em idades baixas para garantir sucesso da imunização e proteção nesta fase da vida dotada de menor resistência. Alinhado a isso, os investimentos publicitários acompanharam os reforços dos recursos públicos que segundo o jornal Estadão foram de 60% neste ano. Entretanto, o modo de divulgação pode influenciar na queda de 15% no número de pessoas vacinadas - segundo dados da BBC Brasil.       Diante disso, as campanhas para informar a população apresentam-se ineficientes por não levarem em conta o avanço informacional do planeta nos últimos 10 anos. Sendo assim, o modelo utilizado é, basicamente, de cartazes em postos de saúde e propagandas na televisão. Isso é um problema, pois além de caro não tem alcance do principal público alvo: os pais.  Dessa maneira, o Governo Federal -conjuntamente com o Ministério da Saúde - deve investir no uso do Big data que é, em suma, o cruzamento de elevadas quantidades de dados coletadas na internet, nos órgãos públicos, pesquisas físicas entre outros meios. As informações são processados por computadores e interpretados por pessoas, como utilizado pelo EUA e pela Google. Por exemplo, a Universidade de Columbia nos EUA descreveu este recurso tecnológico como forma de atingir precisamente os reais destinatários das propagandas tendo, também, maior efetividade de resultados. Com isso, com uso desse recurso  seria possível indicar quais aplicativos, sites e em que locais se encontram os responsáveis pelas crianças, se elas estão na idade de vacinar, quais as vacinas indicadas, onde estão disponíveis e, então, enviar mensagens/anúncios chamando-os para levarem seus filhos aos postos de saúde.        Por fim, as medidas a cima citadas servem como propostas a solucionar o desfio de garantir a vacinação. Portanto, sua implementação seria essencial a resolução de parte dessas barreiras. Nesse sentido, com a melhora na comunicação nacional será possível atingir níveis satisfatórios de prevenção de doenças.