Enviada em: 25/10/2018

Em 1904,na cidade do Rio de janeiro ocorreu um movimento de caráter popular desencadeado pela imunização obrigatória imposta pelo governo,historicamente conhecida como Revolta da Vacina.Nesse contexto,vive-se na situação presente do Brasil desafios parecidos aos que ocorreram no passado,em relação a problemática da vacinação dos brasileiros.Tal entrave encontra-se intimamente ligados a ineficaz ação governamental vigente e a fatores comportamentais dos pais.   A priori, é inegável a importância da vacina para a prevenção de doenças,tanto individual quanto em relação a comunidade.No entanto,segundo dados analisados pela BBC Brasil,o governo tem tido dificuldade em vacinar a população,registrando apenas 84% no total, contra a meta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que seria de 95%.Sob esse aspecto,é notório a falta de empenho governamental em gerir programas de imunização e de abastecer postos de saúde com vacinas essenciais.    A posteriore,é sabido por todos o poder que as ‘’fake News ‘’ têm de persuadir o seu leitor. Sob esse aspecto,desde 1998 circula nas mídias uma pesquisa publicada pela revista Lancelet e realizada por um médico inglês,que comprova que há uma ligação entre a tomada de vacinas e o desenvolvimento do autismo.Entretanto,tal artigo já foi desmentido pela revista e o médico processado, pois, tratavam-se de dados manipulados e sem veracidade nenhuma.No entanto,devido a essa publicação e a outros casos isolados de alergias e complicações ocasionadas pelas vacinas,muitos pais tornaram-se adeptos aos movimentos anti-vacinação e por isso recusam–se a imunizar o seu filho,fato que potencializa as lacunas existentes na cobertura vacinal.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse.Sendo assim cabe ao governo,em parceria com o Ministério da Educação,oferecer palestras educativas nas escolas,contando com a presença de profissionais da saúde para esclarecer dúvidas,conscientizar a população da vital importância de se vacinar e desmistificar crenças errôneas-de pais e alunos-em relação as vacinas.Ademais,o Ministério da Saúde deve flexibilizar os horários de atendimento nos postos de saúde para que a população tenha facilidade de adequar os seus compromissos diários ao expediente ambulatorial.Além disso,a Receita Federal deve destinar uma fatia maior dos seus tributos arrecadados,para que seja adquirida remessas de doses de vacina para todas as regiões brasileiras,com prioridade nas mais necessitadas.Talvez assim, consiga-se imunizar uma parcela maior de cidadãos  canarinhos.